Comprar um caminhão usado não tem sido boa opção para os transportadores que querem fugir do preço mais "salgado" dos modelos 0-km. Em julho, segundo dados da Fenauto, que reúne os lojistas em todo o Brasil, foram 28.161 negócios. Assim, uma variação negativa de 0,8% na comparação com junho, que somou 28.389 unidades. Já na comparação com julho de 2022, quando foram negociados 30.419 caminhões usados, a retração é maior, de 7,4%.
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Já no acumulado de janeiro a julho, o desempenho de vendas tem cenário mais otimista. As lojas assinaram 192.741 contratos de venda no período. Ou seja, alta de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2022, que somou 184.042 novos contratos. Na visão do presidente da Fenauto, Enilson Sales, essa variação positiva sugere uma retomada. Contudo, em ritmo mais lento que nos demais segmentos, como o de automóveis.
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Taxa de juros afeta o mercado de caminhão usado
Seja como for, a preocupação agora é com a falta de oferta de crédito e os juros altos, que afastam novos financiamentos. Mas a recente redução de 0,5% na Selic pode baratear o financiamento de caminhões novos e usados. Conforme especialistas ouvidos pelos Estradão, se a queda dos juros for repassada de forma integral, haverá diminuição do valor total do financiamento. E, portanto, das parcelas.
Mesmo assim, conforme Sales, além dos juros e do acesso ao crédito, o que afeta o poder de compra, sobretudo do caminhoneiro autônomo, há custos de manutenção e operação. Como, por exemplo, pneus e peças de reposição, entre outras variáveis.
