O governo do Reino Unido aprovou o financiamento de uma rodada de testes com ônibus autônomos em diversas localidades do país. A iniciativa faz parte do programa CAM Pathfinder – Enhancements, voltado ao desenvolvimento de serviços de mobilidade conectada e automatizada (CAM, na sigla em inglês). O objetivo é analisar a viabilidade operacional e comercial desses veículos em ambientes reais, como centros urbanos, áreas universitárias e polos empresariais.
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A ação conta com apoio do Centro de Veículos Conectados e Autônomos (CCAV), órgão ligado ao Departamento de Negócios e Comércio e ao Departamento de Transportes britânicos. Além disso, o programa é realizado em parceria com a Innovate UK, agência britânica de fomento à inovação, e a Zenzic, organização público privada voltada ao desenvolvimento da mobilidade autônoma.
Testes envolvem ônibus autônomos em diferentes contextos
Entre os projetos selecionados, o StreetCAV Plus será implementado em Milton Keynes. Coordenado pela empresa Smart City Consultancy Ltd, o piloto colocará um ônibus autônomo em circulação no centro da cidade e em vias adjacentes. A proposta é verificar como esse tipo de veículo se comporta em meio ao tráfego urbano.
Na região de West Midlands, o projeto SCALE 2 vai operar um serviço de transporte público entre a Estação Ferroviária Internacional de Birmingham, o campus da NEC e o Parque Empresarial de Birmingham. O Conselho Municipal Metropolitano de Solihull lidera a operação.
Em Cambridge, o Conector 2 dará continuidade aos testes já existentes. O novo piloto cobre áreas como Cambridge West, o Campus Biomédico, bem como corredores de ônibus com uso misto. A Parceria da Grande Cambridge coordena o projeto em parceria com a Fusion Processing, a Alexander Dennis e a dRISK. As metas envolvem o aumento da confiabilidade dos sistemas e a integração com as estruturas de transporte já existentes.
Outro projeto, batizado de AutonoBus, será conduzido pela Fusion Processing. A proposta é adaptar sua plataforma Fusion AV a ônibus de maior porte, incorporando recursos como assistente automático de faixa e sistemas de detecção visual. A Alexander Dennis e a Edinburgh Napier University participam do desenvolvimento desse projeto.
Governo apoia outras aplicações de mobilidade autônoma
Além dos testes com ônibus, o CAM Pathfinder destina recursos a outras frentes de aplicação da mobilidade automatizada. O projeto RAMP Ready, por exemplo, avalia o uso de carrinhos autônomos para bagagens e transporte de passageiros em aeroportos, com participação da Aurrigo e da UPS. Já o P-Cal estuda a movimentação autônoma de contêineres no Porto de Tyne.
Do lado da pesquisa e segurança, o DriveSAFESim, conduzido pela Wayve e a WMG, trabalha com testes virtuais para validação de sistemas. O Sim4CAMSens 2 desenvolve modelos de sensores e ferramentas de simulação específicas para veículos conectados e autônomos.
Essas iniciativas fazem parte de um investimento de 150 milhões de libras esterlinas dentro do Plano do Setor de Manufatura Avançada do governo britânico. Conforme anunciado pelo governo britânico, o programa busca preparar o mercado para a adoção de serviços de mobilidade conectada e automatizada.
Em nota oficial, Mike Biddle, diretor executivo de Net Zero da Innovate UK, declarou: “Este mais recente investimento do Governo no setor CAM do Reino Unido, anunciado na Estratégia Industrial, permitirá que o Reino Unido continue na vanguarda dessa tecnologia. Além disso, é uma oportunidade para acelerar o crescimento dos negócios, construir cadeias de suprimentos do futuro, desenvolver novas soluções e aprimorar habilidades”.