Durante o maior salão de ônibus do mundo, o Busworld Europa, que ocorre em Bruxelas, na Bélgica, até esta quinta-feira (12), os executivos da TEVX Higer fizeram o lançamento oficial de modelos da gama Azure. E anunciaram que a versão do Azure 9 chega ao Brasil em dezembro.
Assim, o ônibus midi conta com capacidade para transportar 48 passageiros. Além disso, traz configuração que favorece o conforto e a acessibilidade. Como o piso baixo e o sistema de "ajoelhamento" da suspensão.
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Além disso, o modelo chega ao País com as mesmas especificidades técnicas apresentadas na Europa. Ou seja, motor Dana com bateria de fosfato de lítio de 268 kwh da CATL e suspensão pneumática. Bem como sistema de freios WABCO, o que favorece a regeneração de energia.
"Seguiremos com nosso plano de trazer a vanguarda da eletromobilidade para o Brasil. A vinda do Azure 9 é mais um passo na consolidação desse caminho", explica o diretor para América do Sul, Marcelo Barella. Seja como for, o Azure 9 completará a gama de veículos da marca no país, que já conta com o veículo urbano padrão Azure A12BR e o Azure A18BR articulado e com o rodoviário FE10BR.
Desafio do micro-ônibus elétrico no Brasil
Vale lembrar que a prefeitura de São Paulo quer que ao menos 2,6 mil ônibus elétricos estejam circulando pelas ruas da Capital paulista até o final de 2024. Para isso, a SPTrans soltou circular em outubro de 2022, proibindo, a partir daquela data, a compra e aquisição de veículos movidos a diesel. Porém, ônibus micro e midi estão liberados a rodar com motor diesel. Afinal, os fabricantes de ônibus até então não tinham produtos para atender o segmento.
Nesse sentido, recentemente, a Eletra em parceria com a Mercedes-Benz, iniciaram os testes com ônibus tamanho midi. Todavia, com a novidade da Higer, as empresas devem começar a desenvolver esse segmento.
Por outro lado, o desafio, segundo os próprios fabricantes, é desenvolver veículos que tornem a operação viável ao frotista. Afinal, até o momento os ônibus midi e micro ônibus elétricos levam metade dos passageiros que geralmente os modelos Padron transportam. Mas rodam pela mesma rota. Por isso, contam com a mesma quantidade de baterias e tecnologias.
Ou seja, para a atividade com um ônibus micro ou midi elétrico se pagar, o subsídio teria de ser maior frente a uma versão Padron, por exemplo. Nesse sentido, os veículos Padron elétricos em São Paulo vão receber subsídios 15% maiores em relação às versões equivalente diesel.