De acordo com o vice-presidente de vendas, marketing e pós-vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Ricardo Alouche, o mercado de ônibus deve se despontar ao de caminhões em 2023. Portanto, ser mais promissor.
Nesse sentido, a marca já comemora as primeiras 500 unidades vendidas dessa nova geração. E que devem começar a ser entregues nos próximos meses. Parte ainda está em produção na planta de Resende, RJ. Já outra parte está sendo encarroçada.
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Essa compra ajudou a fabricante de origem alemã a aumentar suas vendas. Nesse sentido, a marca registra crescimento na ordem de 100% nos emplacamentos de ônibus no primeiro quadrimestre de 2023.
Seja como for, segundo Alouche há um movimento pelo País de empresários negociando compra de ônibus. Isso com intuito de renovar a idade média da frota. Afinal, por causa da pandemia da Covid-19, as empresas pararam de comprar ônibus desde 2020. E agora, a fim de atender contratos, há a necessidade de renovar. Deve colaborar com isso, o programa do governo federal para ajudar a renovar a frota.
Ademais, as boas expectativas também se devem à retomada do turismo, demandando mais ônibus. Ocorrendo cotações diárias com relação aos ônibus rodoviário e de fretamento.
Do mesmo modo, a nova licitação do governo federal para o programa Caminho da Escola, prevista para este mês. Nesse sentido, vale lembrar que a VWCO é líder nas vendas dos veículos ao governo federal. Desde o início do programa, a Volks já vendeu mais de 27 mil unidades.
Pontos de atenção
Por outro lado, as altas taxas de juros e a dificuldade de crédito ainda são pedra no sapato da indústria. Mesmo com aportes de recursos federais e concessões de subsídios do transporte coletivo, em especial das grandes cidades.
“Nos últimos anos o mercado caiu e os ônibus ficaram ociosos. Com isso, os empresários não conseguiram honrar seus financiamentos. E na inadimplência há dificuldade de crédito. Entretanto, por causa do reaquecimento do mercado, tudo indica que nos próximos meses a disponibilidade de crédito para o sistema de ônibus deve melhorar”.
Seja como for, ainda assim, desde maio a fábrica no Rio de Janeiro opera com dois turnos reduzidos. Além disso, 290 trabalhadores com contratos de trabalho suspensos, o chamado lay-off.
“Esses funcionários estão em lay-off por 90 dias. Mas a lei nos permite renovar o lay-off. Mas vamos ver o que vai ocorrer nos próximos meses”.
Ainda de acordo com Alouche, por causa do esfriamento do mercado de caminhões, a produção de ônibus está compensando o movimento na fábrica. Porém, em velocidade de produção reduzida.