A Marcopolo fechou 472 pedidos de ônibus durante a Latbus 2024. A feira, considerada como a maior do setor de transporte rodoviário de passageiros da América Latina, ocorreu no início de agosto, em São Paulo. Segundo os organizadores, o evento registrou recorde de público, com mais de 20 mil visitantes.
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De acordo com a encarroçadora, os negócios fechados na feira incluíram 194 ônibus rodoviários, sendo 106 da Geração 8 e 90 do Viaggio 1050. O resultado geral da Marcopo também abrange as vendas da Volare, divisão que produz micro-ônibus e somou 278 vendas. Desse total, foram 149 unidades do novo Fly 12, 35 do Attack 8 Robust e Attack 10, além de 94 veículos da linha atual.
Conforme Ricardo Portolan, diretor de operações comerciais, mercado interno e marketing da Marcopolo, o resultado da empresa acompanha o crescimento do setor. “O mercado de ônibus está mais aquecido (em 2024) do que no ano passado, em quase todos os segmentos”, diz o executivo.
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No entanto, Portolan afirma que o crescimento do volume de negócios da indústria nacional de ônibus poderia ser maior. “Apenas no (segmento) escolar é que a demanda está abaixo da esperada. Se os pedidos do programa Caminho da Escola estivessem acontecendo em um ritmo maior, a produção brasileira superaria 24 mil unidades neste ano”, afirma.
Seja como for, a Marcopolo informa que as negociações realizadas durante o evento em São Paulo têm potencial para evoluir para cerca de 1.200 pedidos. Isso porque há várias tratativas em andamento. Assim, podem ser concluídas ao longo dos próximos meses.
Destaques da Marcopolo
A Marcopolo apresentou na Latbus seus principais ônibus rodoviários com uma série de novidades de conforto e tecnologia nas cabines. O Paradiso G8 1800 DD com chassi Volvo, por exemplo, ganhou ar-condicionado com inteligência artificial, além de câmeras com visão de 360° da área externa.
Além disso, da Volare o destaque foi Attack 9 HVE, micro-ônibus cujo sistema híbrido tem motor a etanol. Embora ainda seja um protótipo, o modelo tem alcance estendido. Ou seja, o motor a combustão não move o ônibus, mas atua como gerador de energia para o elétrico e para as baterias. Segundo a empresa, a WEG e a Horse são parceiras no projeto, que deve ser lançado em meados de 2026.
Mercado de ônibus em alta
O mercado brasileiro de ônibus está em alta. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), de janeiro a julho de 2024 a produção cresceu quase 10% em relação ao mesmo período de 2023. Nesse ínterim, em julho o crescimento foi ainda mais expressivo, de 43,9% comparado com os resultados de junho.
