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Marcopolo aumenta a produção, mas tem prejuízo no lucro líquido

No terceiro trimestre do ano, a Marcopolo aumentou o ritmo da produção para o mercado interno e já sente início da recuperação de segmentos mais afetados, como o rodoviário. Mas lucro líquido foi inferior ao do ano passado

Redação

07 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Marcopolo
Crédito:Divulgação/Marcopolo

O balanço da Marcopolo para o terceiro trimestre de 2020 mostra recuperação da produção com relação ao trimestre anterior. O volume cresceu 46,6% no período, mas caiu na comparação anual.

A produção consolidada da Marcopolo foi de 3.422 unidades no terceiro trimestre, sendo 3.064 unidades no Brasil. O volume é 7,1% inferior ao mesmo período de 2019. Já no exterior, a queda anual de produção foi 43,1%, com 358 unidades no trimestre. Por outro lado, a participação de mercado da companhia na produção brasileira aumentou de 48,8% em 2019 para 55,7% em 2020.

A receita líquida total alcançou R$ 836,5 milhões no terceiro trimestre. Sendo R$ 480,4 milhões (57,4%) provenientes do mercado interno e R$ 356,1 milhões (42,6%) do mercado externo.


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Marcopolo tem prejuízo no lucro líquido

Mesmo com a retomada da produção, a encarroçadora teve prejuízo líquido de R$ 57,4 milhões no terceiro trimestre. No ano passado o lucro havia sido de R$ 33,9 milhões.

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Marcopolo, José Antonio Valiati diz que o destaque no último trimestre foi o desempenho dos micro ônibus por causa da demanda do Programa Caminho da Escola. “Considerando os demais modelos, entregamos 2.534 veículos ao programa nos primeiros nove meses deste ano. O ritmo destas entregas deve permanecer forte até dezembro. E as adesões dos municípios se encontram próximas ao limite das nossas 4.800 unidades no Caminho da Escola”, afirma.

Segmento rodoviário ensaia recuperação

De acordo com o executivo, a demanda por ônibus rodoviários segue impactada pela queda no turismo, mas ensaia pequenos movimentos de recuperação, indicando que o pior já passou. Por outro lado, as atividades de fretamento vêm surpreendendo positivamente. E com incremento de vendas frente a 2019, em função das exigências de maior distanciamento no transporte de funcionários. “Isso abriu oportunidade para o aumento das nossas vendas de Volare. A marca também se destacou no último trimestre por conta de exportação para o Chile”, acrescenta Valiati.


A Marcopolo também tem se apoiado em suas ações de biossegurança para retomar o mercado de ônibus rodoviário e de urbanos. No fim do último trimestre, cerca de 85% das carrocerias produzidas pela companhia levavam ao menos um item da linha Biosafe – incluindo unidades produzidas ou enviadas ao mercado externo.

Leia também: Fretamento aquece vendas de ônibus na Mercedes-Benz

Retomada das exportações

As exportações da Marcopolo seguem apresentando melhor desempenho na comparação com o mercado interno, em função da desvalorização cambial. A redução do volume de exportações, como reflexo da pandemia, é compensada pela maior receita e rentabilidade das operações, devido ao atual patamar do câmbio.


Segundo a empresa, gradativamente, as operações de transporte coletivo na América do Sul voltam a circular, com reflexos positivos nas vendas ao Chile, Argentina e Peru. As entregas ao mercado africano permanecem sendo importantes também no neste quarto trimestre e, também, nos primeiros meses de 2021

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