A suspeita de que as pessoas estão mais expostas à covid-19 no transporte público ganhou uma prova científica. Assim, o estudo encabeçado pela Fiocruz Pernambuco mostra que o maior risco de contaminação está nos terminais de ônibus.
Nesse sentido, a instituição colheu 400 amostras de superfícies em diversos pontos de Recife. Ou seja, com grande fluxo e alta concentração de pessoas. E de parques púbico e praias, passando pelos terminais de ônibus.
Amostras da Fiocruz com o vírus colhida em terminais de ônibus
Assim, foram retiradas amostras de torneiras, catracas, leitores de biometria. Bem como de corrimãos, interruptores de luz e maçanetas. Dos objetos muito tocados, 97 tinham presença do novo coronavírus. Assim, 48,7% da amostra foi obtida em terminais de ônibus. Em especial de portais de autoatendimento e corrimãos.
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Porém, a Fiocruz destaca que em nenhuma amostra o vírus estava ativo. Seja como for, isso revela os riscos dos terminais. Ou seja, ambientes onde há mais gente infectada circulando.
Fiocruz contribui com ações de saúde
Depois dos terminais de ônibus, as áreas próximas às unidades de saúde foram as que apresentaram o maior risco de contaminação. Ou seja, 26,8% das amostras positivas. A lista inclui parques públicos (14,4%). Bem como mercados públicos (4,1%) e praias (4,1%).
De acordo com a Fiocruz, os resultados podem ajudar as autoridades de saúde. Portanto, contribuir com o estabelecimento de políticas para conter o avanço da doença.
Segundo o doutorando em biociências e biotecnologia em Saúde na Fiocruz Pernambuco, Severino Jefferson Ribeiro. Ou seja, o principal autor do artigo sobre o estudo
Falta apoio da população
Além disso, o “trabalho permitiu observar que a população não está seguindo rigorosamente as medidas para prevenir a transmissão do vírus. Segundo Ribeiro, isso acaba refletindo no aumento descontrolado do número de casos de covid-19.
No mesmo sentido, o estudo classificou o tipo de material onde o vírus aparece com mais frequência. Assim, as superfícies metálicas foram as com maior risco de contágio. Em seguida estão as plásticas.