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Cidade de São Paulo estuda uso de ônibus a gás da Scania

Scania defende uso de soluções combinadas para reduzir emissões e vai levar estudo sobre a viabilidade de ônibus a gás à Prefeitura

Andrea Ramos

29 de abr, 2025 · 6 minutos de leitura.

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Cidade de São Paulo estuda operar com ônibus a gás da Scania
Cidade de São Paulo estuda operar com ônibus a gás da Scania
Crédito:Fotos: Scania
Cidade de São Paulo estuda operar com ônibus a gás da Scania

A Prefeitura de São Paulo estuda utilizar ônibus a gás natural veicular (GNV) e biometano no sistema público de transporte coletivo. Segundo informações da Scania, a iniciativa acompanha um estudo técnico de viabilidade feito pela fabricante. Vale lembrar que a marca é a líder de vendas de veículos pesados com motor a gás no Brasil.

Seja como for, desde 2022 a prefeitura paulistana veta a aquisição de novos ônibus com motor a diesel. Ou seja, isso faz parte do plano que prevê a redução das emissões da frota. Entretanto, a legislação não prevê o uso de alternativas além de ônibus elétricos.

Entretanto, a falta de infraestrutura de recarga se tornou um entrave para implementar o plano. Como resultado, atualmente cerca de 100 ônibus elétricos novos estão parados nas garagens das operadoras porque não há carregadores para atendê-los.

Ônibus a gás têm custo operacional menor

Assim, os ônibus a gás podem ser uma alternativa viável para a redução de emissões. Segundo a Scania, ao ser abastecidos com biometano, por exemplo, esses veículos emitem até 90% menos CO₂ quando comparados a equivalentes a diesel.

De acordo com o diretor comercial da Scania no Brasil, Alex Nucci, os ônibus a gás têm custo operacional mais baixo que os elétricos. “O elétrico depende do fornecimento de energia e de uma infraestrutura complexa. No caso do gás, basta instalar e homologar um tanque na empresa para poder operar”, afirma.


Segundo Nucci, a tarifa repassada pela Prefeitura também tende a ser menor com o uso do gás. Afinal, os custos de aquisição e instalação são inferiores aos dos modelos elétricos. Assim, isso oneraria menos os cofres públicos.

Variedade de soluções

Segundo Nucci, há espaço para o uso de diferentes tecnologias de propulsão no transporte público paulistano. De acordo com ele, isso já ocorre em cidades europeias, onde ônibus elétricos e a gás operam lado a lado. Ele afirma que a variedade de soluções pode ser oferecida em outras capitais brasileiras.

Atualmente, 15 ônibus a gás da Scania operam em Goiânia, por exemplo. Além disso, Estados como Paraná e Rio Grande do Norte, bem como municípios de Pernambuco também negociam a adoção da tecnologia, segundo o executivo.

Em São Paulo, a expectativa é de que os testes com os ônibus a gás comecem em breve. Dessa forma, a ideia é avaliar a viabilidade do uso do combustível na prática. Assim, será possível colaborar com a Prefeitura para estudar a implantação da infraestrutura necessária para o uso de biometano.

Segundo a Scania, que atua em parceria com a encarroçadora Caio, já há conversas com operadores do transporte público da capital. “Queremos entender as necessidades específicas de cada empresa e ajudá-las a desenvolver a infraestrutura de acordo com as rotas em que atuam”, diz.


Vale lembrar que a tecnologia de motores a gás em veículos pesados foi lançada no Brasil pela Scania em 2019. Desde então, a empresa vem apoiando o desenvolvimento da infraestrutura de reabastecimento de gnv e biometano. Atualmente, mais de 1.500 caminhões Scania a gás rodam por todo o País.

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