Depois de ouvir as exigências e necessidades de operadores rodoviários de ônibus, a encarroçadora Busscar lançou a linha NB1. Ela é formada pelos modelos Vista Buss 345 e Vista Buss 365. Com a novidade, a empresa quer oferecer aos passageiros mais conforto.
Por isso, os veículos ganharam melhorias na parte interna e externa na comparação com os demais modelos da marca. São atributos como faróis de LEDs. Bem como iluminação lateral. Além de retrovisor com um desenho aerodinâmico mais visível o que deixa a aparência mais imponente.
Outro destaque é a força de arrasto de 4,2%. Conforme a encarroçadora, essa característica ajuda a proporcionar economia no consumo de diesel. E também de pneus e de outros componentes. De qualquer maneira, os ônibus também contam com um aerofólio (foto abaixo). O que também coopera para uma melhor aerodinâmica.
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Com a nova linha, a Busscar mira, principalmente, operadores premium do segmento rodoviário. Sobretudo os de turismo, devido à migração dos passageiros de avião para os ônibus. Esse movimento começou a ocorrer após a alta contínua no preço das passagens aéreas.
Conforme o diretor comercial da Busscar, Paulo Corso, a nova família já está preparada para ser encarroçada em chassis Euro 6. Por isso, foram necessárias adaptações técnicas. Seja como for, a linha NB1 pode servir para chassis de diversas marcas.
Falta de chassis Euro 6
As boas expectativas comerciais para os novos produtos não escondem a preocupação da Busscar com relação aos gargalos atuais do setor de ônibus. Um deles é a falta de oferta de chassis com motor traseiro Euro 6. O que limita atender a novos pedidos. Seja como for, essa configuração é a mais utilizada para encarroçar ônibus rodoviários. "Nós estamos sofrendo muito. É um projeto que depende do chassi. Com essa realidade, muitos precisam ser adiados", explica Corso.
Por causa dessa e de outras limitações, como as altas taxas de juros e a restrição ao crédito, Corso espera um mercado menor do que em 2022. Assim, a expectativa da Busscar é que as vendas fiquem abaixo das 1,1 mil unidades do ano passado. Contudo, o executivo acredita na retomada em 2024. Até lá, o segmento terá mais estabilidade. Assim, os preços dos ônibus com motor Euro 6 vão baixar. E haverá mais apetite das operadoras para renovar a frota.