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Agrale e Marcopolo terão ônibus a gás no Brasil com motor FPT

Para reduzir as emissões no setor de transporte de passageiros, Agrale e Marcopolo, estão desenvolvendo ônibus 100% a gás e híbridos em conjunto com a FPT Industrial

Andrea Ramos

27 de set, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Agrale e Marcopolo testam ônibus a gás
Agrale e Marcopolo testam ônibus a gás
Crédito:FPT/Divulgação
Agrale e Marcopolo testam ônibus a gás

Agrale e Marcopolo apostam no uso do gás para reduzir as emissões do setor de transporte coletivo no Brasil. Para isso, os novos veículos das duas empresas vão ter motores da FPT Industrial. A informação foi revelada ao Estradão pelo presidente da FPT, Marco Rangel.

Nesse sentido, o modelo da Agrale já roda em testes no Brasil. Porém, a fabricante deve oferecer os novos produtos também em países vizinhos, onde a utilização do gás está mais avançada. Assim, há grande potencial sobretudo na Argentina.

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Do mesmo modo, a Marcopolo e a FPT desenvolveram uma tecnologia híbrida. Ou seja, em que um motor a gás gera eletricidade para mover ônibus elétricos. Embora o sistema já esteja pronto, ainda não há protótipos em testes reais.


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Motores a gás têm potência de 300 cv

Seja como for, a Marcopolo deve utilizar essa tecnologia nos micro-ônibus da linha Volare. Porém, a empresa também poderá oferecer essa solução em veículos maiores. Nesse caso, os estudos já estão em andamento.

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Assim, os novos modelos vão usar motores a gás da família NEF, de 4,5 e 6,7 litros. Ou seja, com potência de até 300 cv. Dessa forma, devem ser direcionados a operações urbanas e interurbanas, com chassis de até 12 metros de comprimento.


Por sua vez, o chassi da Agrale poderá ser utilizado para operação como o transporte escolar. Bem como no transporte coletivo. O Estradão procurou a Agrale e a Marcopolo para obter detalhar sobre as novidades. Porém, as empresas não responderam nosso pedido até a publicação desta reportagem.

Gás é solução rápida para reduzir emissões

Seja como for, o presidente da FPT diz que os ônibus com motor a gás são mais viáveis no curto prazo do que os caminhões. “Os ônibus rodam em ambientes controlados. Sobretudo num momento em que ainda está se criada a infraestrutura de abastecimento”.

Segundo Rangel, esse infraestrutura deverá estar bem consolidada em até cinco anos. Nesse sentido, ele afirma que operadoras de ônibus de cidades do interior paulista, por exemplo, já buscam soluções para converter a frota a diesel para gás.


Ou seja, por meio de retrofit. Assim, a ideia é trocar os motores a diesel por outros movidos a gás. Portanto, essa seria uma solução mais simples e barata para reduzir as emissões de poluentes no setor de transporte.

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