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XF105 510 mostra porque é o DAF mais vendido do Brasil

O XF105 510 elevou o nome da DAF no Brasil e a posicionou entre as quatro marcas de caminhões pesados preferida entre frotistas e caminhoneiros

Andrea Ramos

30 de jan, 2020 · 8 minutos de leitura.

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DAF XF105 510
Crédito:DAF/Divulgação
O XF105 510 elevou o nome da DAF no Brasil que hoje está entre as quatro marcas de caminhões pesados preferida entre os frotistas e caminhoneiros

O DAF XF105 510 encerrou 2019 com 3.015 emplacamentos. Isso corresponde a 5,84% de participação no segmento de caminhões pesados, de acordo com dados da Fenabrave. A holandesa ficou na quarta posição entre as marcas mais preferidas pelos consumidores brasileiros do segmento, atrás de Volvo, Scania e Mercedes-Benz.

Trata-se de um feito em tanto. Afinal, a DAF é a mais jovem entre as fabricantes de caminhões instaladas no Brasil. A marca chegou em 2013 e, com um único modelo, vendeu mais que os concorrentes MAN TGX e Iveco Hi-Way.

No ano passado, a diferença entre as vendas do DAF XF105 e do Mercedes-Benz Actros 2651 foi de apenas  688 unidades. Os cavalos-mecânicos das duas marca têm motores de 510 cv de potência.


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O DAF XF105 510 está entre os quatro caminhões pesados mais vendidos no país em 2019

Coração valente

Avaliamos o XF105 para entender os motivos do sucesso do DAF. A primeira consideração é que o cavalo-mecânico é focado em operações rodoviárias de longa distância.

O motor é Paccar MX de 12,9 litros com turbo e intercooler. Feito no Brasil, o propulsor está em conformidade com o Euro 5, programa de controle de emissões europeu equivalente ao (Proconve P7.


A potência, de 510 cv, é entregue entre 1.500 e 1.900 rpm e o torque 255 mkgf surge entre 1.050 e 1.410 rpm. Trata-se do mesmo seis-cilindros que equipa os caminhões norte-americanos Kenworth e Peterbilt. O freio-motor tem potência de frenagem de 430 cv a 2.100 rpm.

O câmbio é ZF AS-Tronic, caixa automatizada com 12 marchas à frente e duas à ré. A relação 1:1 colabora para que o motor trabalhe a maior parte do tempo em baixa rotação, mesmo em alta velocidade. Isso reduz o consumo de combustível. A marca oferece três configurações de tração: 4x2, 6x2 e 6x4.

A versão mais procurada é a com motor de 510 cv de potência - há também opções com 410 cv e 460 cv. Com a configuração mais forte o DAF pode tracionar composições com até 74 toneladas de peso bruto total combinado (PBTC). A capacidade máxima de tração (CMT) é de 80 t.


Ampla lista de equipamentos

O DAF XF105 é posicionado no Brasil como um caminhão premium. A distância entre os eixos varia de 3,2 metros a 3,6 metros, conforme a configuração.

A versão mais vendida é a Super Space Cab, com cabine leito e teto-alto. Essa opção tem 2,1 metros de altura em qualquer ponto do interior. Ha várias opções de acabamento do painel e bancos. A mais procurada é a com assentos de tecido.

De série há itens como ar-condicionado, preparação para climatizador e controle automático de temperatura (ATC). O banco do motorista tem sistema de suspensão pneumática. Os controles eletrônicos de velocidade e tração também são de fábrica.


Há ainda para-sol externo, retrovisores bipartidos com desembaçador térmico, ajuste elétrico dos espelhos principais e de grande angular e acendimento automático dos faróis. Vidros com acionamento elétrico, beliche, mesa retrátil com 100 kg de capacidade e geladeira com 43 litros também fazem parte da lista de equipamentos.

O DAF XF tem cabine ampla, ideal para longas viagens rodoviárias


Adaptado ao Brasil

Somando todos os nichos para armazenamento de objetos há 850 litros. Para comparação, o porta-malas do SUV Toyota Hilux SW4 tem 900 litros de capacidade.

Na estação de descanso o conforto fica por conta da cama com colchão de molas ensacadas. Na configuração traçada, o modelo é oferecido com opções de entre-eixos de 3.300 e 3.500 mm.

A DAF informa que o XF105 510 é o único modelo da categoria vendido no Brasil cuja cabine não é igual à da versão vendida na Europa. O modelo oferecido no País deverá ficar alinhado com e europeu em 2023. A novidade virá acompanhada de atualizações no motor para atender o Proconve P8, equivalente a Euro 6.


Faz falta no modelo a suspensão pneumática pra cabine. O cavalo-mecânico vendido no Brasil tem molas parabólicas com
amortecedores hidráulicos de dupla ação e barra estabilizadora na dianteira. Atrás há suspensão tandem com molas parabólicas e amortecedores hidráulicos de dupla ação.

Segundo informações da DAF, esse sistema é mais adequado às rodovias brasileiras. Além disso, a suspensão pneumática tem custo maior, que acabaria sendo repassado ao preço final do caminhão. A manutenção também é mais cara.

Mais sobre o DAF XF105 510

Outro destaque do DAF XF105 é dispositivo "inteligente" de desligamento do motor. O sistema desativa automaticamente o seis-cilindros toda vez que o caminhão fica mais de cinco minutos funcionando em marcha lenta. O objetivo é reduzir o consumo de combustível. Antes de o motor "apagar", o motorista recebe um alerta.


Há ainda quinta roda com placa polimérica, disponível como opcional. O sistema elimina a necessidade de uso de graxa sobre o bloco e o disco de fricção. Isso reduz o tempo e o custo das revisões.

A lista de equipamentos de série e de opcionais surpreendem

 


Em relação à segurança, chama a atenção o Front Under Protection (FUP) ou barra de proteção frontal, em tradução livre. O sistema evita que, em caso de colisão frontal, veículos menores avancem para debaixo do caminhão.

A Night Lock, ou trava noturna, em tradução livre, garante mais segurança durante os períodos de descanso do motorista. O equipamento opcional inclui um pino de aço que trava a porta. O acionamento é feito por meio de um sistema localizada na "parede lateral" da cabine.

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