A Volkswagen Caminhões e Ônibus começa a cumprir o que prometeu em 2017, na ocasião de lançamento da nova família Delivery, com a opção de transmissão automatizada V-Tronic na mais recente linha de caminhões da marca. O leve 9.170 e o médio 11.180 são os primeiros a oferecer o recurso, em um processo de introdução da tecnologia por etapas, a exemplo do que ocorreu com a própria gama, dos mais pesados para os mais leves.
“Com o tempo, toda a família terá opção da caixa automatizada”, adianta Luciano Cafure, gerente executivo de marketing da fabricante. “Começamos pelos modelos com mais capacidade, pois são os que absorvem mais facilmente os custos iniciais de aquisição.”
As novidades da VWCO chegam ao mercado com preços sugeridos de R$ 216 mil, no caso do 9.170, e R$ 225 mil, pelo 11.180. Valores em torno de R$ 20 mil a mais em relação às versões com caixas manuais.
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Para a companhia, no entanto, o investimento se paga rapidamente diante dos benefícios proporcionados com automatização da transmissão. O recurso garante à operação padronização no desempenho da frota, capaz de reduzir consumo de até 10%. Também elimina erros de eventuais trocas de marcha, o conjunto sempre trabalha na faixa de torque mais eficiente de acordo com a topografia e, consequentemente, prolonga vida útil de componentes, especialmente a embreagem.
“A caixa automatizada ainda não substitui o bom motorista. Mas garante menos desgastes e melhora o consumo pelo média. No fim sobra dinheiro”, resume Paulo Razori, engenheiro de marketing do produto da VWCO. “Depois, é o tipo de solução que valoriza o motorista e o negócio, ao proporcionar mais conforto ao dirigir, a operação ganha mais segurança, o condutor fica satisfeito e a produtividade aumenta.”
A caixa automatizada agora presente no portfólio da família Delivery é fornecida pela Eaton. Tem seis marchas e traz funções como piloto automático e Easy Start, o assistente de partida em rampa que impede deslocamentos indesejados do veículo em aclives, recurso que também funciona em marcha a ré.
Em percurso em pouco mais de duas horas com trechos de estrada e trânsito urbano, se percebe trabalho de desenvolvimento afinado entre as engenharias da Cummins, a fornecedora do motor, Eaton e VWCO. A bordo dos caminhões pouco se percebe as trocas de marchas sem perda de torque. A fabricante ainda optou por substituir a alavanca do câmbio por uma chave seletora localizada entre os bancos, solução que permitiu ampliar a liberdade de movimentação interna.
Incialmente, a fabricante programa 10% da produção de cada modelo sejam nas versões V-Tronic. No mercado, ambos os modelos são líderes de suas categorias. Os licenciamentos do leve 9.170 alcançou 1,7 mil unidades ou 27,6% das vendas no segmento no acumulado até julho, segundo dados da Fenabrave.
Já o médio 11.180 é disparado o mais emplacado na categoria. Suas vendas nos sete primeiros meses do ano somaram mais de 2,5 mil caminhões, uma participação superior a 55% dos negócios.