Tecnologia

Volvo FMX elétrico entra em operação com 666 cv e 250 km de autonomia

Caminhão elétrico da Volvo estreia em operações pesadas europeias e tenta quebrar domínio do diesel no setor da construção

Redação

16 de set, 2025 · 6 minutos de leitura.

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Volvo FMX elétrico mostra força e tecnologia no canteiro de obras
Volvo FMX elétrico mostra força e tecnologia no canteiro de obras
Crédito:Fotos: Volvo
Volvo FMX elétrico mostra força e tecnologia no canteiro de obras

Após estrear com sucesso em operações de longa distância com o Volvo FH, agora o FMX elétrico também demonstra desempenho sem emissões em fossos de escavação. O modelo de três eixos se tornou a estrela do projeto e conquistou até empreiteiros mais conservadores.

Com potência de 490 kW (666 cv), o FMX se mostrou em canteiros de obras da Europa tão silencioso quanto seus equivalentes rodoviários. Mas com força suficiente para rivalizar com carregadeiras a diesel em testes de resistência. Na prática, o caminhão dispara rumo à carga com o típico zumbido elétrico e mostra que pode entregar robustez sem perder eficiência.

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Capacidade de carga e tecnologia embarcada

Com peso bruto de 28 toneladas e cinco baterias que elevam o peso vazio a 15.380 kg, o FMX ainda garante pouco menos de 13 toneladas de carga útil. Embora pareça uma limitação, a lei permite duas toneladas extras para compensar o peso da tecnologia elétrica.


Além disso, o torque imediato de 245 mkgf facilita a condução no tráfego. Enquanto os espelhos digitais oferecem visão traseira impecável. No entanto, a Volvo mantém espelhos convencionais de rampa e dianteiros, algo que poderia ser substituído por câmeras para maior modernidade.

Seja como for, a experiência ao volante também surpreende os motoristas. O motor elétrico oferece desaceleração regenerativa, que aumenta a autonomia e reduz o desgaste dos freios. O sistema de três motores garante até 390 kW (523 cv) de potência de frenagem, usando os freios a disco apenas em situações de parada completa.

Desempenho off-road sem restrições

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O Volvo a bateria ainda pode custar mais que o dobro mesmo na Europa - Fotos: Volvo

No canteiro de obras, o FMX elétrico mantém sua reputação. Os motores permitem tração integral no 6x4, e o bloqueio de diferencial assegura aderência mesmo em subidas íngremes. O veículo enfrenta terrenos instáveis sem perder rendimento. E a basculante Meiller Trigenius continua operando com força graças à tomada de força mecânica.

Ademais, outro ponto positivo é a transmissão I-Shift de 12 marchas, já conhecida da linha Volvo. O câmbio trabalha em faixas ideais para preservar o motor elétrico e manter o equilíbrio entre desempenho e durabilidade.


Autonomia, modos de condução e conforto

Na estrada, o FMX pode rodar como um caminhão de 40 toneladas completo. O motorista escolhe entre três modos de condução: Range, focado em autonomia e limitado a 80 km/h; Standard, ideal para a maior parte das operações; e Power, acionado em situações que exigem desempenho máximo. Com cinco baterias, o caminhão percorre cerca de 250 km antes de precisar de recarga. O que garante um dia de trabalho.

Todavia, conforme os motoristas, o FMX não impressiona apenas pela tração elétrica. A suspensão pneumática garante conforto sem perder firmeza, e a direção adaptável facilita manobras mesmo em operações pesadas. Dentro da cabine, a Volvo manteve o padrão já conhecido, com acabamento de alta qualidade, bem como de soluções práticas para o dia a dia e equipamentos que valorizam o motorista.

Desafio do preço e perspectiva de futuro

Apesar de todos os avanços, o FMX elétrico ainda custa mais caro do que sua versão a diesel. Ou seja, mesmo no Velho Continente isso ainda é um empecilho. Além disso, os incentivos para reduzir esse gap são escassos, o que limita a expansão imediata do modelo.

Contudo, a tecnologia já provou ser eficaz. O FMX elétrico não perde em desempenho, garante conforto superior e entrega robustez. Se o custo cair ou os subsídios aumentarem, a transição para o canteiro de obras elétrico deve acontecer de forma muito mais rápida.

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