Nem mesmo a alta de um ponto percentual na taxa Selic, que passa a ser de 13,25%, deve desestimular o mercado de caminhões neste ano. Ao menos é isso que prevê o setor de consórcios. Conforme dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), as vendas de novas cotas vão crescer 10%. Vale lembrar que a expectativa inclui caminhões, ônibus e implementos rodoviários.
Seja como for, a ABAC informa que os caminhões vão representar pelo menos 2/3 de todas as novas cotas vendidas. Assim, a expectativa é de que serão negociadas em torno de 256 mil cotas. Portanto, o número será 10% maior que as 232.890 vendas feitas em 2024.
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Conforme o presidente da ABAC, Paulo Rossi, a boa expectativa está em linha com a previsão de aumento da safra de grãos. Em outras palavras, o setor espera colher em torno de 322,6 milhões de toneladas. Ou seja, um recorde. Portanto, isso vai demandar aumento da frota de caminhões para transportar a produção.
Para Rossi, outros fatores econômicos também tornam o consórcio uma modalidade de operação interessante para favorecem o mercado a optar pelo consórcio. Como os prazos longos para pagamento, com prestações mais acessíveis frente ao Finame. E as taxas adminstrativas pouco oscilam.
Vendas de consórcio caiu 25% em 2024, mas foram vendidos 43,7 bilhões em créditos
Por causa da previsibilidade que o consórcio oferece ao frotista, as vendas de veículos pesados por meio dessa modalidade cresceram nos últimos anos. A maior alta ocorreu em 2023, com 310 mil cotas vendidas. E apesar da retração em 2024 em torno de 25%, foram distribuídos R$ 43,7 bilhões em créditos.
Além disso, quando se observa o número de participantes ativos, o consórcio atingiu 850,2 mil ante os 776,18 mil em 2023. Um aumento de 9,5%.
“Do mesmo modo, a quantidade de contemplações, seja por sorteio ou por lance, aumentou 13,4%. Assim chegando a 90,8 mil contemplações. Então, houve um bom desempenho em 2024, não em número de cotas, mas em volume de recursos. O que mostra a confiança do consumidor na modalidade, mesmo em meio a desafios econômicos”, afirma Rossi.