A Transvale, empresa de logística com sede em Cascavel (PR), deu início à operação de caminhões movidos a biometano em sua frota. O projeto começou com um modelo Scania Super G460, que passará a operar nas rotas de transporte de açúcar entre o interior do Paraná e São Paulo. O uso do biogás em veículos pesados pode reduzir em até 90% as emissões de gás carbônico do poço à roda em comparação ao diesel.
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Conforme a empresa, a meta é expandir o projeto nos próximos meses. Até o primeiro trimestre de 2026, outros dez caminhões movidos a biometano devem entrar em operação. Eles farão o transporte de açúcar destinado à exportação, ligando terminais ferroviários do interior dos dois estados ao porto de Santos (SP).
Inicialmente, o primeiro caminhão fará o transporte de cerca de 2 mil toneladas de açúcar por mês. De acordo com a Transvale, a frota completa com 11 caminhões poderá transportar 18 mil toneladas mensais. “Acreditamos que economia e performance combinam muito bem com transporte mais limpo, sustentável e respeito ao meio ambiente”, afirmou Julio Medeiros, diretor comercial da transportadora.

Gás extraído do lixo orgânico
O biometano é um gás natural renovável obtido a partir da decomposição de resíduos orgânicos. Atualmente, aterros sanitários são os locais mais comuns para a obtenção do biogás no Brasil. Além disso, rejeitos do agronegócio também podem gerar o combustível.
Cabe destacar que o biometano e o Gás Natural Veicular (GNV) são compostos pelo mesmo gás, o metano. O que muda é a forma de obtenção de cada um. O biometano é produzido a partir de resíduos orgânicos, enquanto o GNV é extraído de poços, normalmente associado ao petróleo. Portanto, os caminhões a gás podem ser abastecidos com os dois combustíveis em qualquer proporção.