As chuvas do Rio Grande do Sul impactaram a produção de veículos no País, segundo informou a Anfavea nesta sexta-feira (7). Assim, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus foram fabricados 166,7 mil unidades. Retração de 24,9% em relação ao mês de abril, que fechou com 227,9 mil emplacamentos.
Conforme o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, paralisações de algumas fábricas também colaboraram para a queda na produção. Por outro lado, maio teve a melhor média diária de vendas desde 2019, com 9.250 unidades por dia emplacadas, mesmo com a queda de 64% no Rio Grande do Sul e o feriado prolongado naquele mês.
VEJA TAMBÉM
Librelato quer ter 20% do mercado em cinco anos e vai investir R$ 405 milhões
Renault Kangoo renovado na versão com motor Flex; veja o preço
VW Delivery passa Scania R450 e Volvo FH lidera: veja o ranking dos caminhões
Publicidade
Seja como for, em caminhões a produção manteve-se estável, o que para a Anfavea é um resultado positivo e que demonstra a volta da estabilidade. Sobretudo frente ao efeito Euro 6, que no ano passado derrubou o mercado de pesados.
Nesse sentido, em maio a indústria produziu 11,2 mil caminhões. Ou seja, retração de 4,2% sobre abril, que encerrou com 11,7 mil pesados fabricados. Porém, se comparar o mês passado com maio de 2023 que fechou com 8,4 mil, o crescimento é de 33,1%.
No acumulado, de janeiro a maio, o crescimento na produção é de 29%. Isso porque de janeiro a maio deste ano foram feitos 52,1 mil caminhões, ante os 40,1 pesados produzidos em igual período em 2023.
Produção de ônibus é puxado pelo Caminho da Escola
A produção de ônibus também mostra recuperação no acumulado. De janeiro a maio deste ano, as montadoras fabricaram 12.029 modelos. Ou seja, crescimento de 58,5% em relação ao igual período no ano passado, que fechou com 7.590.
Todavia, houve retração em maio deste ano frente ao mês anterior. Nesse sentido, no mês passado a indústria fabricou 2.731 ônibus, ante os 2.808 modelos fabricados em abril. Seja como for, essa queda de 2,7% não preocupa a Anfavea.
"Trata-se de uma pequena queda. Mas que não anula a estabilidade do mercado. Há um crescimento bem vigoroso. Sobretudo puxado pelo Programa Caminho da Escola. Até o momento foram fabricadas 5,4 mil unidades para atender o programa. E temos expectativa de fechar o mês de junho com o total de 6 mil ônibus produzidos", diz o vice-presidente da Anfavea Eduardo Freitas.
Efeito Rio Grande do Sul
Em caminhões, o estado do Rio Grande do Sul, em abril, teve participação de 743 caminhões emplacados. Todavia, com a tragédia, em maio os números de emplacamentos na região caíram para 291 caminhões. Retração de 61%.
Do mesmo modo, ocorreu em ônibus. Enquanto em abril, o setor vendeu 43 ônibus naquele estado, em maio foram apenas 12 unidades. Ou seja, queda de 72%.
O presidente da Anfavea lembra que a retração também tem relação com o fechamento de concessionárias, bem como do Detran. O que prejudicou o registro de emplacamentos.
