A Toyota encerrou a parceria com a Hino. A medida foi tomada para reduzir os impactos do escândalo envolvendo a marca de caminhões. Segundo a imprensa internacional, a companhia fraudava dados de emissões de seus veículos havia 20 anos. A Toyota é dona de 50,1% da Hino. E, juntamente com Isuzu, Suzuki e Daihatsu, em abril de 2021 formou a CJPT. Ou seja, algo como Corporação de Parceria Comercial e Tecnológica do Japão (CJPT).
De acordo com comunicado da Toyota, “a decisão se deve à postura antiética daquela integrante do consórcio''. Portanto, informa a empresa, as ações da parceira são incompatíveis com os objetivos e aspirações da CJPT. A meta era desenvolver e compartilhar tecnologias para veículos comerciais. O escândalo envolve informações falsas sobre cerca de 640 mil veículos.
Toyota ainda é dona da Hino
O esquema foi descoberto após uma vistoria feita pelo Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão. Como resultado, o órgão constatou que a Hino falsificava dados de testes de consumo e emissões desde 2003. A fraude inclui caminhões leves como o Toyota Dyna, um dos frutos da CJPT.
Continua depois do anúncioSeja como for, há projetos em andamento que devem sair do papel. Conforme reportagem publicada recentemente pelo Estradão, Toyota, Hino e Isuzi estão desenvolvendo caminhões a célula a combustível. O primeiro modelo dessa linha vai chegar ao mercado em 2023
Contudo, o consórcio anunciou que a Hino desempenhará um papel mínimo no projeto. Com isso, a gigante japonesa do setor de veículos busca se distanciar do escândalo. Ainda não está claro o que a Toyota vai fazer em relação à sua participação acionária na Hino.
Água no chope
Outra incógnita diz respeito aos próximos passos do grupo em relação à marca de caminhões. Da mesma forma, deixa incerto o destino da operação de veículos comerciais na América Latina. Recentemente, a Toyota assumiu o controle da Hino na Argentina. Assim, surgiram rumores de que a empresa poderia estar se preparando para oferecer uma nova linha de produtos na região. Agora, o tema ficou ainda mais nebuloso.