A Tevx Higer vai lançar um caminhão pesado, bem como van e furgão elétricos no Brasil. Para isso, a companhia estará na Fenatran, que ocorre de 4 a 8 de novembro, como palco para essas estreias.
Conforme o diretor para América Latina da Higer Bus, Marcelo Barella, o modelo que a companhia traz ao País tem PBT de 40 t. Além do caminhão pesado, a companhia traz ainda duas opções de van de passageiros de 14+1 e 19+1 de capacidade e opção de furgões de carga de 3,5 e 5 t de PBT.
Vale ressaltar que na China, a Higer desenvolve ônibus elétricos desde 2004. Todavia, a experiência com produção desses veículos é mais de longa data, desde 1998. Seja como for, dos 330 mil modelos fabricados no gigante asiático, 55 mil foram ônibus elétricos.
Publicidade
VEJA TAMBÉM
Volvo lançará caminhões movidos a hidrogênio em 2026
Conheça os 20 caminhões mais vendidos pela Scania desde 1957; R450 lidera
Novo Renault Kangoo com motor a combustão chega em junho
Conforme Barella, há uma tendência na Ásia, os fabricantes de ônibus também produzirem caminhões. Assim, desde 2022 a empresa começou a produzir os pesados. Para isso, conta no portfólio com modelos de 8 a 49 t de PBT. Além dos modelos comerciais leves. No histórico, a empresa já produziu 2 mil caminhões a hidrogênio.
"Escolhemos começar a oferecer no Brasil o caminhão pesado elétrico. No futuro acreditamos que esse mercado vai crescer, obviamente puxado pela tecnologia de hidrogênio. Nesse sentido, a Higer utiliza a tecnologia da Toyota", diz o diretor da Tevx Higer.
No Brasil
Por ora, o caminhão denominado Higer 49t 6x4 que a companhia vai trazer à Fenatran é o elétrico a bateria. Ou seja, equipado com um pacote de baterias de 423 kWh, o que garante autonomia de 250 km.
Os caminhões também chegam aptos para receber o sistema swapping de baterias. Ou seja, quando é possível fazer a troca do pacote de baterias por um novo pacote de baterias carregadas. A troca ocorre em poucos minutos. E atende operações em que no trajeto não há infraestrutura de carregamento.
Já com relação aos comerciais leves, também movidos a bateria, a autonomia dos modelos é em média entre 200 km e 250 km com baterias de 127 kWh. Com tempo de recarga de até 1 hora, dependendo do tipo de carregador. Ou seja, suficiente para atender às demandas do transporte urbano.
Segundo a diretora de estratégia e vendas da Tevx Higer, Adriana Taqueti, os comerciais leves chegam com teto alto. O objetivo da marca é entregar alto nível de sofisticação e conforto ao cliente. Do mesmo modo, com sistemas de segurança embarcados.
Tanto o caminhão como os furgões e as vans são equipados com baterias produzidas CATL. Conforme a Higer, elas são mais leves. O motor dos veículos é fabricado pela DANA.
Estratégias comerciais
Seja como for, a Tevx Higer está em conversas com transportadores e embarcadores que têm interesse em desenvolver a descarbonização de suas frotas. Por sua vez, nas vans e furgões, Adriana revela ter um mercado amplo.
No caso dos furgões, o e-commerce deve puxar a demanda pelos veículos da marca. Do mesmo modo, há conversas com empresas do ramo.
Todavia, Taqueti lembra que a política de preços será bem competitiva. Portanto, acredita também que empresas menores do ramo de e-commerce bem como do transporte de passageiros terão interesse no veículo.
Nesse sentido, a empresa vai ampliar parcerias com empresas de transformação de furgões e vans. Um mercado em alta no Brasil, sobretudo nas transformações de veículos para atender a área da saúde e segurança.
Nos caminhões, após o lançamento na Fenatran, os caminhões vão passar por testes práticos com clientes. Mas fabricante já trabalha no desenvolvimento da rede e parceiros comerciais.
Protecionismos
Sobre o Governo começar a taxar os veículos elétricos importados, Barella reconhece que haverá impactos comerciais para as empresas que importam, como a TEVX Higer. Mas ocorre que para ter uma produção, algo que está nos planos da Higer, é preciso ter um parque de componentes. Como já ocorre com os veículos diesel.
"Precisamos ter componentes de alta qualidade para atender os veículos elétricos. No Brasil tudo é novo. Porém, na Ásia há um longo histórico de produção de veículos elétricos. Por isso, estamos trazendo ao País um veículo que traz o que há de mais moderno".