No primeiro semestre de 2025, o Sudeste foi a região com maior índice de roubos de cargas no Brasil. Apesar da queda no percentual de prejuízos, que caiu de 80,6% em 2024 para 62,4% em 2025, a localidade ainda concentra a maior parte das perdas do setor. A nstech, empresa de software para supply chain, divulgou os dados no relatório “Análise de Roubo de Cargas”, baseado em informações das gerenciadoras de risco BRK, Buonny e Opentech.
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Entre os estados do Sudeste, São Paulo lidera com 56,8% dos prejuízos da região, embora tenha registrado uma redução de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o Rio de Janeiro apresentou crescimento, passando de 18,7% para 21,9%.
Além disso, o relatório apontou um dado atípico registrado em junho de 2025. Nesse período, o Rio de Janeiro concentrou 56,6% dos prejuízos mensais do setor, enquanto São Paulo caiu para a quinta posição, com 3,7%.
Perfil dos roubos no Sudeste e impacto regional
No Sudeste, 50,6% das perdas ocorreram com o roubo de cargas fracionadas, seguidas por 39% em operações de transporte de alimentos e 10,8% de eletrônicos, conforme o relatório.
Embora as cargas fracionadas continuem como o principal alvo dos criminosos, o segmento sofreu uma queda de 14,7% em relação a 2024. Ademais, 54,2% dos roubos aconteceram durante o período noturno.
De acordo com a pesquisa, o Nordeste ocupou a segunda posição no ranking nacional, respondendo por 21,3% dos roubos de cargas no período, um aumento de 5,5% em relação ao primeiro semestre de 2024. No Sul, o Paraná saltou para a terceira posição, com 7,5% do total de perdas, enquanto Minas Gerais reduziu sua participação de 14,2% para 3,4%.
Rodovias e horários críticos para os roubos de cargas
O relatório aponta que as sextas-feiras são o dia com maior incidência de roubos de cargas, com 23,2% do total registrado na primeira metade de 2025. Nesses dias, 68,6% dos prejuízos ocorreram durante o período noturno. São Paulo foi o estado mais afetado nas sextas-feiras, com 42,1% das perdas.
No que diz respeito às rodovias, a BR-101 respondeu por 14,7% dos prejuízos, mais que o dobro registrado no mesmo período do ano anterior. A BR-226, por sua vez, ocupou a segunda posição, com 8% dos prejuízos, principalmente nos estados do Tocantins e Maranhão.