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Stellantis vai fazer retrofit e converter comerciais leves em elétricos

Montadora que reúne 14 marcas, como Fiat e Peugeot, vai converter comerciais leves a combustão, como furgões, em elétricos a partir de 2023

Redação

06 de dez, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Retrofit
Crédito:Peugeot/Divulgação
A estratégia da Stellantis  com essa tecnologia é conquistar a liderança em soluções de mobilidade com emissão zero para transportadores.

A prática de retrofit, que consiste em converter veículos a combustão em elétricos, é uma alternativa mais econômica para avançar na eletromobilidade. E essa realidade chegou à Stellantis. O grupo dono de 14 marcas, entre elas Fiat e Peugeot, firmou parceria na Europa com a Qinomic. A empresa é especialista em soluções para mobilidade. Assim, a união vai viabilizar a transformação de comerciais leves, que é parte da estratégia de carbono zero da Stellantis até 2038.

De acordo com a montadora, o retrofit elétrico é uma solução mais acessível para clientes que desejam zerar as emissões. Mas com uma redução de custo. Ou seja, a estratégia da Stellantis com essa conversão é conquistar a liderança em soluções de mobilidade sem poluentes. Isso porque vai abranger toda a linha de furgões do grupo.

A Stellantis quer verificar a conclusão bem-sucedida desse desenvolvimento em conjunto com a Qinomoc no ano que vem. E, a partir de 2024, começará a comercializar os comerciais leves eletrificados. Primeiro na França, depois em toda a Europa. Por isso, ainda não há uma previsão para o retrofit da Stellantis chegar ao Brasil.


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O Vice-Presidente da Stellantis para comerciais leves na Europa, Eric Laforge, disse que o mercado exigirá cada vez mais que os proprietários de comerciais leves procurem uma solução para converterem seus veículos para motores elétricos. "Uma tecnologia de retrofit como essa permitirá que a Stellantis dê suporte a essa tendência", pontua o executivo.

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Retrofit em expansão

As empresas que atuam no setor de transporte no Brasil e no mundo começam a apostar no retrofit. No Brasil, um exemplo é a Eletra, que fabrica ônibus híbridos desde 1999 em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A empresa desenvolveu, em 2021, o primeiro carro-forte elétrico do País. O projeto foi feito em conjunto com a transportadora de valores, Protege.


Além disso, realizar outros projetos de conversão se tornou o foco de uma das unidades de negócio da Eletra. Em outras palavras, trata-se de uma reforma completa, que inclui o sistema de propulsão elétrico para caminhões e ônibus. Segundo estudos, transformar um veículo com motor a combustão em elétrico é 30% mais barato do que comprar um elétrico novo. 

Por exemplo, a ZF criou a e-Trofit, startup que transforma veículos a diesel em elétricos. Com projetos desenvolvidos na Europa e nos Estados Unidos, a empresa nasceu, em 2017, de uma parceria com a In-Tech, outra startup de engenharia de Munique, Alemanha. E os próximos planos de atuação terão foco na América do Sul, o que naturalmente incluí o Brasil.

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