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Scania inicia produção na China e quer fazer 50 mil caminhões por ano

Mais da metade da produção da nova fábrica da Scania na China será exportada para mercados da Ásia e Oceania

Andrea Ramos

22 de ago, 2025 · 4 minutos de leitura.

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Scania inicia produção na China com meta de 50 mil caminhões por ano
Scania China
Crédito:Foto: Rugaofabu
Scania inicia produção na China com meta de 50 mil caminhões por ano

A Scania se prepara para ampliar de forma significativa sua presença na China. Nesse sentido, a nova fábrica da empresa em Rugao, fruto de investimento de cerca de € 2 bilhões (R$ 13 bilhões na conversão direta), está pronta. Conforme a companhia, o início da produção em série está marcado para outubro. Em entrevista ao Financial Times, o CEO da Scania, Christian Levin, detalhou os próximos passos.

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Capacidade máxima e resultados

De acordo com ele, a nova planta pode fabricar até 50 mil caminhões por ano. O governo local deve pressionar a Scania para atingir esse volume o quanto antes, de modo a abastecer o mercado interno. Ou seja, a estratégia faz parte do plano governamental de fortalecer a oferta de veículos pesados na China.

Entretanto, Levin diz que a Scania destinará pelo menos metade da produção da fábrica chinesa para exportação. Assim, esses caminhões devem abastecer outros mercados da Ásia, bem como da Oceania. Nesse sentido, contribuem os acordos de livre comércio entra a China e países como Japão, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Cingapura, Filipinas, Vietnã, Tailândia e Indonésia.

Concorrência local e estratégia de mercado

Seja como for, a Scania vai encarar desafios importantes, como a forte concorrência das fabricantes chinesas. Essas companhias, formadas majoritariamente por capital estatal, dominam o mercado interno e também as exportações. No entanto, Levin acredita que a combinação de produção local com tecnologia europeia avançada garantirá vantagem competitiva à companhia.


Linha de produtos e motores

“Se conseguirmos superar as marcas chinesas no próprio território delas, poderemos fazer isso em qualquer outro lugar do mundo”, diz. Entretanto, ainda não está claro se a Scania vai adotar a mesma a estratégia da Mercedes-Benz. Ou seja, de oferecer versões mais acessíveis com motores chineses ou se vai manter exclusivamente os motores próprios, mesmo com preços mais altos.

Imagens das primeiras unidades de pré-série feiras na nova fábrica indicam que a marca deve preservar sua identidade. Os modelos exibem os mesmos recursos dos europeus, incluindo os novos motores da série Super. Nesse sentido, o cavalo-mecânico Scania 500R Super feito em Rugao já roda em testes.

A unidade de Rugao marca é a terceira base de produção global da Scania. Ou seja, se soma às operações na Europa e na América do Sul.

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