A Scania e a DHL iniciaram neste mês os testes de um caminhão elétrico com extensor de alcance movido a gasolina. O modelo, desenvolvido em parceria entre as empresas, está sendo usado pela divisão Post & Parcel Germany da DHL na rota entre Berlim e Hamburgo, na Alemanha.
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O caminhão Scania empregado no teste é um cavalo mecânico elétrico da linha G com tração 6x2, mas transformado em Veículo Elétrico de Alcance Estendido (EREV, na sigla em inglês). Na prática, é um caminhão híbrido.
Porém, nos híbridos EREV, o motor a combustão funciona como extensor de alcance e gera energia para recarregar as baterias. Assim, ele não traciona as rodas diretamente. Nos modelos desse tipo, apenas os motores elétricos desempenham essa função. O caminhão elétrico adaptado pela Scania e a DHL, por exemplo, tem um gerador a gasolina de 120 kW. A empresa também estuda aplicações de geradores auxiliares movidas a diesel e HVO.
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Caminhão com extensor de alcance é provisório
De acordo com os desenvolvedores, o caminhão com o sistema auxiliar de energia tem autonomia estimada entre 650 e 800 quilômetros. Como comparação, os modelo 23G original 100% elétrico da Scania tem alcance de 550 quilômetros.
Segundo Tobias Meyer, CEO do DHL Group, a transição para caminhões elétricos ainda exige avanços na infraestrutura de recarga. “Em vez de esperar que esse dia chegue, a DHL e a Scania estão colaborando em uma solução pragmática. Este veículo é uma solução que pode contribuir imediatamente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no transporte de carga a curto prazo”, afirmou.
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A Scania Pilot Partner desenvolveu o caminhão com extensor de alcance. Essa divisão do fabricante sueco estuda soluções de transporte sustentável em parceria com outras empresas, como a DHL nesse programa. No entanto, apesar da novidade, a Scania projeta os modelos EREV como uma solução provisória para reduzir emissões, especialmente em mercados com infraestrutura de recarga limitada.
“O veículo que desenvolvemos é um exemplo de soluções provisórias que podem aprimorar a escala do transporte pesado descarbonizado antes que o sistema eventualmente se torne 100% eletrificado”, disse Christian Levin, CEO da Scania.