A transportadora Bravo Logística adquiriu recentemente mais 17 caminhões Scania a gás. A empresa, com sede em Uberaba (MG), investiu cerca de R$ 17 milhões na compra. Além disso, a transportadora afirma que a aquisição dos novos modelos integra sua estratégia para reduzir as emissões de poluentes nas operações de transporte.
Com a compra dos novos Scania a gás, a Bravo Logística eleva para 23 o número de caminhões desse tipo em sua frota. De acordo com a empresa, os novos modelos rodarão mais com biometano do que com gás natural. No início de 2025, a transportadora inaugurará um ponto de infraestrutura própria de reabastecimento com gás gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos.
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Atualmente, a transportadora utiliza os serviços da Geo Biogás & Tech, o que permitiu realizar os testes de validação do sistema de reabastecimento. Vale destacar que o biometano é renovável e emite menos emissões poluentes do que o gás convencional. Além disso, é possível gerar biometano a partir de diversas fontes, como resíduos orgânicos descartados.
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Scania a gás vão rodar com GNV em rotas longas
Seja como for, os caminhões Scania a gás podem rodar com os dois tipos de combustível. De acordo com Marcos Azevedo, head de sustentabilidade da Bravo Logística, os novos modelos atuarão em uma rota de curta distância. Nessa operação, na região de Paulínia, no interior de São Paulo, os caminhões percorrerão menos de 10 mil km por mês.
Porém, eventualmente, os caminhões também atuarão em outras rotas, entre Paulínia e Uberaba (MG) e Ibiporã (PR), segundo Azevedo. Nesses casos, os postos que oferecem o combustível para veículos comerciais abastecerão os Scania a gás com GNV, pois essas ligações contam com os chamados corredores azuis.
Dos 17 novos caminhões Scania a gás comprados pela Bravo Logística, sete são da versão G 410 e dez da GH 460. A empresa afirma que todos têm tração 6x2 e tanques de combustível que garantem autonomia de cerca de 650 km. Azevedo explica que, ao utilizar biometano, a redução das emissões de CO₂ chega a 90% em comparação com modelos equivalentes com motor a diesel. Além disso, ele destaca que o nível de ruído é 20% menor.
Azevedo afirma que os veículos a gás representam 2% da frota total da empresa e 7% dos cavalos-mecânicos. "Eles fazem parte da estratégia baseada no conceito pense grande, comece pequeno e escale rápido", diz. Dessa forma, a transportadora planeja ampliar ainda mais o número de caminhões com motor a gás.