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Roubo de carga recua 20,6%, mas números continuam altos

Estudo indica que, de janeiro a março, houve mais de 3,6 mil registros de roubo de carga no País; em 94% dos casos há relatos de violência

Redação

21 de jun, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Roubos de cargas apresentam queda no Brasil, mas focam no e-commerce
Fotos roubos de cargas
Crédito:ANTT/Divulgação
Roubos de cargas apresentam queda no Brasil, mas focam no e-commerce

O roubo de carga continua sendo um dos principais problemas do setor de transportes no Brasil. Nesse sentido, de janeiro a março de 2024 foram registradas 3.639 ocorrências no País. Ou seja, em média, foram 1.213 por mês. Dessas, em 94% há relatos de violência. Embora os números sejam muito altos, houve recuo de 20,6% ente o mesmo período de 2024. Os dados foram compilados pela Overhaul, empresa de gerenciamento de risco, com base em relatórios fornecidos pelo poder público.

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Assim, o estudo reúne registros feitos pelas Secretarias de Segurança e Polícias Rodoviárias dos 26 Estados do País, além do Distrito Federal. Bem como de empresas de segurança, transportes e tecnologia de inteligência de dados. De acordo com a Overhaul, essas informações são processadas e analisadas para eliminar dados ausentes e duplicados.


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O estudo indica que cerca em 23% dos casos de roubo de carga ocorridos no primeiro trimestre deste ano foram de mercadorias compradas em lojas virtuais. “O aumento das compras pela internet fez crescer a exposição das cargas. Sobretudo nas operações de transferência e distribuição”, diz o gerente de inteligência da Overhaul Brasil, Reginaldo Catarino.

Roubo de carga teve pico em 2023

Segundo o levantamento, o número de ocorrências de roubo de carga no País alcançou o pico em 2024. Vale lembrar que os dados referem-se apenas ao primeiro trimestre. Seja como for, no ano passado houve 4.585 registros. No ano anterior, foram 4.177 casos registrados. Em 2021, por sua vez, foram 4.104.

Roubos de cargas apresentam queda no Brasil, mas focam no e-commerce
Overhaul/Divulgação

Conforme os dados do estudo, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram os registros de ocorrências. Assim, as notificações feitas nos três Estados correspondem a 86% do total. “Na comparação entre 2023 e 2024, a porcentagem de casos se manteve estável em São Paulo, em 44%. Já no Rio de Janeiro, subiu de 27% para 35%. Em Minas Gerais, passou de de 4% para 7%”, diz Catarino.

Além disso, a região Sudeste, onde estão os três Estados, impulsionou os números e apresentou alta no número de registros. Em contrapartida, todas as demais regiões do País apresentaram queda. Assim, contribuíram para a retração do total de ocorrências notificadas.

Alimentos, bebidas e tabaco estão na mira

De acordo com a Overhaul, 59% dos casos de roubo de carga ocorreram em centros urbanos. Por outro lado, 38% foram em estradas. Além disso, cerca de 3% envolveram armazéns e centros de distribuição. Os dias e horários com maior número de registros são terça, quarta e quintas-feiras, entre 6h e 18h.


Roubos de cargas apresentam queda no Brasil, mas focam no e-commerce
Overhaul/Divulgação

Alimentos e bebidas, bem como tabaco e peças de veículos estão entre as cargas mais roubadas. Mas as quadrilhas miram vários outros tipos de produtos. É o caso de sementes e defensivos agrícolas, que representam 12% dos casos. Segundo Catarino, a escolha tem a ver com a facilidade da abordagem. "Assim como com a comercialização desses produtos junto aos receptadores de cargas roubadas”.

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