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Rodovias ruins geram R$ 6,4 bi de prejuízo só com desperdício de diesel

Estudo da CNT identificou 2.610 pontos críticos em rodovias do País, cuja recuperação custaria R$ 72,6 bi apenas em obras de emergência

Aline Feltrin

10 de nov, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Rodovias
O estudo abrangeu 111.502 km de rodovias pavimentadas. E incluiu tanto as malhas federais (BRs) quanto os principais trechos estaduais
Crédito:Divulgação/CNT

As rodovias brasileiras estão em péssimo estado de conservação. Mais de 66% das estradas pavimentadas têm algum problema. Assim, apenas 34% da malha viária estão em boa ou ótima condições. Os dados são parte de um estudo feito pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). De acordo com a CNT, a maioria das vias foi classificada como ruins e péssimas.

Segundo a confederação, o estudo avaliou a malha pavimentada das rodovias federais e seus trechos estaduais. Ou seja, isso engloba 110.333 quilômetros de estradas em todo o Brasil. Conforme o estudo, 55% do pavimento dessas estradas apresenta ao menos um tipo de problema. Por sua vez, 44,5% estão em condições satisfatórias e 0,6% apresenta total deterioração.

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Estradas ruins causam prejuízo bilionário

De acordo com a CNT, a sinalização das estradas brasileiras também requer atenção. Segundo o estudo, 60% da extensão das vias têm sinalização considerada regular, ruim e péssima. Ou seja, apenas 39,3% estão em boas condições. Outro problema é que 8,3% das vias avaliadas não têm faixa central, que divide uma pista da outra, e 14,3% estão sem faixas laterais.

Além disso, há 2.610 pontos críticos nas rodovias brasileiras avaliadas. Como resultado, isso causa 33,1% de aumento nos custos operacionais. Em outras palavras, isso deve representar um consumo desnecessário de 1,1 bilhão de litros de diesel em 2022. Considerando o preço médio do litro do combustível nos postos, estamos falando de cerca de R$ 6,4 bilhões jogados no ralo.

Isso sem considerar os gastos com pneus, suspensão, freios, filtros e outros componentes. Bem como o maior desgaste físico do caminhoneiro. Segundo a CNT, realizar ações emergenciais para recuperar as rodovias do Brasil requer investimentos de cerca de R$ 72,6 bilhões.


O levantamento também mostra as condições das estradas por região do País. Assim, no Norte estão as rodovias em pior nível de conservação. De acordo com a CNT, 79,2% dos Estados da região apresentam algum tipo de problema. E apenas 20,8% da malha estão em boa ou ótima condição.

Por outro lado, as rodovias do Sul foram avaliadas como as melhores do Brasil. Do total das rodovias pavimentadas da região, 55,7% têm algum tipo de problema. Contudo, 44,3% foram avaliadas como boas e ótimas, segundo a metodologia do estudo.

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