Para celebrar 25 anos de operação, a Rodojunior Transportes e Logística, de Rio Verde, GO, vai restaurar um conjunto que fez história no transporte rodoviário de cargas no Brasil e na América Latina. Trata-se do Volvo FH12 380 e o semirreboque frigorífico Randon, ambos pertenceram à icônica transportadora Rodoviário Michelon.
O conjunto fará parte da coleção da Rodojunior Transportes. A empresa conta com um dos acervos mais exclusivos de caminhões Volvo.
O proprietário da Rodojunior, Eliseu Marques Junior, recebeu oficialmente o conjunto na última semana, em São Marcos (RS). A transferência dos equipamentos, ainda contou com a presença do Ladair Michelon, fundador da transportadora gaúcha Michelon.
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Seja como for, os caminhões da Volvo fazem parte da história da Rodojunior. Assim como foi nos tempos da Michelon. Não por acaso, o transporte do cavalo-mecânico e do semirreboque foi realizado por um FH 540 Série 30 anos (lançado na Fenatran 2024) e um FH 540 Top Class X.
Os veículos, com destino a Rio Verde, vão passar por todo o processo de restauração. Sendo que uma das exigências de Marques Junior é preservar a originalidade do conjunto.
O icônico conjunto da Rodoviário Michelon

A história de um dos mais importantes veículos que fizeram parte da frota da Rodoviário Michelon, começa em 1994. Ou seja, quando o Volvo FH12 380 chegou ao Brasil, importado diretamente da Suécia.
Considerado o caminhão mais moderno do mundo na época, o pesado contava com o motor D12 de 380 cv. O seu trem de força, além do design levaram o modelo a conquistar o renomado prêmio “International Truck Of The Year” (caminhão do ano) no mercado internacional.
Já o semirreboque é resultado de uma parceria de desenvolvimento entre a Rodoviário Michelon e a Randon, em 1996. Idealizado pelo Ladair Michelon, o semirreboque frigorífico atraiu por proporcionar um aumento de até 50% no volume de carga transportada. Tamanho sucesso, o modelo se tornou padrão nas operações de transporte internacional pelo continente.
Como parte importante da frota da Rodoviário Michelon, o conjunto operou por vários anos em rotas do Mercosul. Entretanto, ficou parado na aduana de Uruguaiana (RS) por quase 20 anos, devido a burocracias fiscais.
Seja como for, fundada em 1934, a transportadora gaúcha se tornou uma das maiores do Brasil. E chegou a contar com cerca de 800 caminhões na frota. Todavia, a empresa encerrou as atividades em meados dos anos 2000.