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Renault adota bitrenzão para logística na Argentina

Renault aposta em composições de 30 metros para reduzir custos, aumentar eficiência e modernizar operações na Argentina

Redação

28 de ago, 2025 · 5 minutos de leitura.

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Renault adota bitrenzão para logística entre Buenos Aires e Córdoba
bitrenzão
Crédito:Fotos: La Nacion
Renault adota bitrenzão para logística entre Buenos Aires e Córdoba

A Renault passou a utilizar caminhões de reboque duplo em suas operações logísticas na Argentina. Vale dizer que a adoção dos chamados bitrenzões de 9 eixos só foi possível porque o governo argentino liberou o uso dessas composições de 30 metros de comprimento em todas as rodovias do país.

Até então, a circulação dessas composições era restrita a determinados trechos e horários. Na prática, isso reduzia a competitividade desse tipo de solução de transporte. Assim, a Renault se junta à Toyota, que começou a usar os bitrenzões na Argentina em maio. As informações são do site Motor1.

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Dessa forma, a Renault vai usar os caminhões bitrem para transportar peças e insumos do Porto de Buenos Aires até sua fábrica de Córdoba. O complexo fabril, que completou 70 anos em março, é o maior polo produtivo da marca na Argentina.

Durante a celebração do aniversário, a empresa já havia sinalizado a intenção de retomar o uso de transporte ferroviário. Afinal, na planta há uma estação trem que atualmente está desativada. Antes, porém, essa estrutura servia para conectar a unidade de Córdoba a Rosário e Buenos Aires.


Porém, enquanto esse projeto não avança, o uso de bitrenzão surge como alternativa imediata para reduzir os custos operacionais. No mesmo sentido, a Renault vai conseguir melhorar os prazos de entrega de produtos.

Renault adota bitrenzão para logística entre Buenos Aires e Córdoba
Renault se beneficia com o uso de composições de 9 eixos na Argentina - Fotos: Reprodução

Oportunidades

Conforme o CEO da Renault Argentina, Pablo Sibilla, o impacto da medida será bastante positivo. “Este marco logístico representa muito mais do que a chegada do primeiro bitrem do Porto de Buenos Aires a Córdoba. Ou seja, é a confirmação de que a Argentina pode caminhar para um sistema de transporte mais competitivo, sustentável e moderno”, diz.

Segundo o executivo, a medida permite reduzir custos logísticos, melhorar a eficiência e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões. “É uma oportunidade histórica que nos alinha aos padrões internacionais e reforça nosso compromisso com o desenvolvimento da indústria nacional.”

Desafios e controvérsias

Porém, a liberação dessas composições causam preocupação na Argentina. De acordo com a imprensa do país, parte da malha rodoviária está em condições precárias. Além disso, haveria maiores riscos de acidentes, sobretudo em vias estreitas.


Vale ressaltar que a mudança é vista pelas fabricantes brasileiras de implementos rodoviários como uma boa oportunidade para aumentar as exportações para o país vizinho. Nesse sentido, por exemplo, o diretor da Librelato, João Librelato, disse ao Estradão que a empresa ampliou sua presença na Argentina. Assim, já entregou 130 implementos neste ano. De acordo com ele, parte deles é de modelos graneleiros.

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