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Quebra-mato volta a ganhar espaço em caminhões para proteger sistemas eletrônicos

Antes restritos aos autônomos, os quebra-matos agora equipam caminhões de grandes frotas para evitar altos custos de reparo

Redação

30 de jun, 2025 · 4 minutos de leitura.

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Quebra-mato volta a ganhar espaço em caminhões para proteger sistemas eletrônicos
Quebra-mato volta a ganhar espaço em caminhões para proteger sistemas eletrônicos
Crédito:Fotos: Ex-Guard
Quebra-mato volta a ganhar espaço em caminhões para proteger sistemas eletrônicos

No passado, o quebra-mato era um acessório típico dos caminhoneiros autônomos nos Estados Unidos, que buscavam proteger a frente do veículo contra animais na estrada. No entanto, atualmente, grandes transportadoras adotam esse acessório de forma cada vez mais ampla nos seus caminhões. Todavia, o motivo não está no aumento de animais cruzando rodovias. Mas sim na proteção de componentes eletrônicos embarcados nos caminhões modernos.

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Assim como na Europa, os caminhões norte-americanos contam com sistemas avançados de assistência à condução, os chamados ADAS. Esses dispositivos utilizam sensores e radares instalados nos para-choques e grades frontais. Em caso de colisão, esses itens sofrem danos facilmente, o que gera custos altos e paralisa o caminhão por longos períodos. Para reduzir esse risco, muitas empresas optam pela instalação de quebra-matos reforçados.

A fabricante americana Ex-Guard, especializada em estruturas metálicas de proteção para caminhões e picapes, já percebe essa mudança. De acordo com o gerente de marketing de produtos da empresa, Nathan Holt, os danos causados por pequenos animais podem ultrapassar US$ 20 mil (algo em torno de R$ 100 mil na conversão direta).

Quebra-mato volta a ganhar espaço em caminhões para proteger sistemas eletrônicos
Países europeus e da América do Norte usam com mais frequência o acessório - Fotos: Ex-Guard

Mais segurança para o motorista e menos tempo parado

Segundo o executivo, a instalação de um quebra-mato protege não só os equipamentos eletrônicos, mas também o motorista. Além disso, o risco de o motor se deslocar para trás diminui, algo importante em caminhões cujos capôs modernos, feitos de plástico, oferecem pouca resistência.

Outro ponto relevante é que a proteção contra impactos ajuda a preservar as rodas dianteiras. Dessa forma, o caminhão mantém a dirigibilidade após uma colisão. Ou seja, reduzindo as chances de derrapar ou mesmo tombamento. Com isso, a segurança operacional aumenta e os prejuízos com reparos diminuem.

Frotas apostam no investimento

Apesar de adicionar peso ao caminhão, o que afeta ligeiramente a capacidade de carga, grandes transportadoras preferem contar com essa proteção extra. Na visão dessas empresas, o investimento compensa ao evitar despesas muito maiores com consertos e perda de faturamento devido à indisponibilidade dos veículos.  No Brasil, o item é pouco usual justamente por adicionar peso ao veículo.

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