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Produção de veículos pode ser impactada por tragédia no Sul

Mesmo com aumento de 60% na produção de caminhões, Anfavea teme por impactos em razão dos desafios logísticos ocasionados pelas chuvas do Sul

Andrea Ramos

09 de mai, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Tragédia no Rio Grande do Sul deve impactar a produção de caminhões e ônibus
Tragédia no Rio Grande do Sul deve impactar a produção de caminhões e ônibus
Crédito:Volvo/Divulgação
Tragédia no Rio Grande do Sul deve impactar a produção de caminhões e ônibus

Durante o encontro com jornalistas na manhã desta quarta-feira (8), o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, informou que a produção de veículos, o que inclui caminhões e ônibus, pode ser afetada. Isso em decorrência da tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul.

Todavia, as empresas fabricantes de veículos ou mesmo de autopeças da região foram pouco afetadas. Nesse sentido, as fábricas de Caxias do Sul, onde se concentram boa parte dos fornecedores de componentes para veículos comerciais, por exemplo, não foram impactadas.

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Porém, conforme o representante da Anfavea, o desafio será logístico. As enchentes resultaram em bloqueios parciais e totais das rodovias da região. Vale lembrar que BR 101 e BR 116 são rodovias-chave que ligam o Sul ao restante do País e que estão bloqueadas naquela região, mesmo que parcialmente.

Do mesmo modo, o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permanece fechado. E ao que tudo indica por tempo indeterminado.

Ainda de acordo com Leite, há fabricantes que já estão trabalhando com os estoques de peças. Razão pela qual a entidade não descarta que a calamidade no Sul traga consequências. Inclusive possa impactar as exportações.


"Nós estamos debruçados nessa questão. E trabalhando para que o impacto seja o menor possível. Afinal, a logística do Sul do País é fundamental para o escoamento da nossa produção e da produção nacional", diz Leite.

Produção de caminhões e ônibus cresce mais de 60%

Todavia, em abril a indústria produziu 11,7 mil caminhões. Ou seja, resultado 60,7% superior frente ao mês de abril do ano passado, quando as marcas fabricaram 7,3 mil caminhões.

Conforme o vice-presidente da Anfavea, Eduardo Freitas, deve-se levar em conta que o crescimento é expressivo. Porém, vem de uma base muito baixa. Afinal, no primeiro semestre do ano passado, a indústria ainda sofria os impactos da troca de legislação de P7 para P8 (Euro 6). Com a baixa nas vendas dos novos veículos, a produção também caiu naquele período.


Seja como for, no acumulado do ano a produção cresceu 29,1%. Assim, de janeiro a abril, as marcas produziram 41 mil caminhões ante os 31,8 mil produzidos no primeiro quadrimestre de 2023.

Do mesmo modo, em ônibus quando se compara abril deste ano com o mesmo mês em 2023, há um aumento na produção de 72,5%. No mês passado, a indústria fabricou 2.808 ônibus. E no mesmo mês, no ano passado, passaram pela linha de montagem 1.628 veículos.

O resultado de abril é também um avanço frente ao mês de março de 6,9%. Em outras palavras, naquele mês 2.626 modelos foram fabricados.


Para Freitas, os números positivos estão relacionados com a antecipação de compras das prefeituras em ano eleitoral. Assim como com o Programa Caminho da Escola. Nesse sentido, algumas entregas ocorreram no início deste ano.

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