Mercado

Produção de caminhões pesados inicia o ano a todo vapor

Categoria deve se manter como protagonista na trajetória de retomada do segmento

Décio Costa

07 de fev, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Ritmo de chão de fábrica em alta
Crédito:Foto: Volvo

As fabricantes de caminhões do País começaram o ano em ritmo de produção aquecido, especialmente no que diz respeito à categoria de pesados. De acordo com os dados consolidados pela Anfavea, a associação que representa as montadoras, saíram das linhas de montagem no mês passado 7.379 unidades, alta de 1,6% em relação a janeiro de 2017. Do volume total, no entanto, 3.135 foram de pesados, um crescimento de 18,7% na mesma base comparação ou 46% de toda a produção de caminhões.

“O desempenho mostra que o segmento de caminhões mantém o ritmo constante, em continuidade à retomada apresentada no ano passado, acompanhando a recuperação da economia”, avalia Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea e diretor de relação governamentais da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “A preponderância ainda é dos pesados, mas agora também o mercado sinaliza outras demandas, por exemplo pelos médios, indicando melhorias em segmento como o da distribuição.”

Com a estimativa de mais supersafra e os preços em alta das commodities, porém, tudo indica que os pesados ainda serão os caminhões de maior demanda, destinados para o transporte de grãos e matérias-primas. Basta observar os números da Anfavea por segmento. Em janeiro as fábricas estiveram praticamente ocupadas com a produção de pesados. O ritmo de semileves caiu 25%, de 96 unidades produzidas em janeiro de 2017 para 72 veículos no mês passado, os médios sofreram queda de 17,9%, de 391 caminhões para 321, e os semipesados 15,6%, de 2.146 para 1.812 unidades.


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A produção de caminhões certamente só não foi melhor em virtude da acentuada queda nas exportações. No primeiro mês do ano, os embarques despencaram 71,1%, com somente 520 unidades exportadas contra 1.865 enviadas um ano antes. “A Argentina, nosso maior comprador, atravessa momento difícil em sua economia”, justifica Antonio Megale, presidente da Anfavea. “Ainda que outros mercados estejam surgindo como importantes compradores, como a Colômbia, o Chile, o Oriente Médio e a Rússia, ainda temos forte dependência das exportações para a Argentina.”

 

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