As fabricantes de caminhões instaladas no País produziram em agosto 7.923 unidades, crescimento de 52% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando anotou 5.211 veículos construídos. O volume também foi 14,2% maior daquele registrado em julho, de 6.936 unidades.
Segundo o diretor de relações governamentais e institucionais da MAN e vice-presidente da Anfavea, a associação que reúne as fabricantes de veículos no Brasil, Marco Saltini, o alto nível de ociosidade das fábricas, por volta de 70%, ainda preocupa, mas o resultado mostra tendência de recuperação. “O segmento vem apresentando crescimentos, mesmo que tímidos, desde maio. Também os indicadores da economia apresentam sinais de melhora, como a inflação e os juros em queda. Mas o investidor ainda é fundamental para uma recuperação mais consistente.”
No acumulado do ano a produção de caminhões também registrou crescimento. Nos oito primeiros meses do ano, saíram das linhas de montagem brasileiras 50.880 unidades, evolução de 22,5% ante as 41.537 fabricadas um ano antes.
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O crescimento na produção se deve muito às encomendas dos mercados externos. Em agosto, as montadoras enviaram para fora do País 2.424 caminhões, volume 61,7% superior em relação ao registrado no mesmo mês de 2016, de 1.499 unidades.
Os embarques do ano até agosto somaram 18.876 caminhões, crescimento de 48% na comparação com o volume exportado no mesmo período do ano passado, de 12.755 unidades.
Também as vendas no mercado interno colaboraram com o aquecimento das atividades no chão de fábrica. Os 4.830 caminhões vendidos no oitavo mês do ano representaram alta de 9,9% em relação aos 4.834 negociados em agosto de 2016. O volume também foi 6,6% maior do que os 4.535 negociados em julho.
Segue em queda, no entanto, o resultado do acumulado do ano. No período os licenciamentos somaram 30.824 caminhões, recuo de 11,1% frente ao resultado apurado durante os mesmos oito primeiros meses do ano passado, quando os emplacamentos somaram 34.671 unidades.
Para aquecer o mercado interno, Saltini enxerga uma boa oportunidade na Fenatran, a feira de negócios do segmento, em outubro. “O evento certamente deve ajudar na recuperação e espero que seja um divisor de água. De qualquer maneira, a retomada será gradativa. Cabe lembrar que abrimos o ano com 30% de queda nas vendas internas.”