A produção de caminhões no Brasil cresceu 36,5% no primeiro semestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023. Segundo números divulgados na manhã desta quinta-feira (4) pela Anfavea, a associação que reúne as fabricantes do setor, de janeiro a junho deste ano a produção de caminhões somou 64.391 unidades. Ou seja, 17.218 a mais do que as 47.173 fabricadas em igual intervalo de 2023.
Os bons números foram puxados pelo segmento de pesados, cuja produção no primeiro semestre subiu 58,5% ante a igual intervalo do ano passado. Em outras palavras, foram fabricados 38.785 caminhões no primeiro semestre de 2024 e 24.463 no mesmo período de 2023. Em seguida, vem o segmento de leves, com 17,7% de alta, com, respectivamente, 8.519 e 7.236 unidades.
No mesmo sentido, a produção de caminhões semipesados avançou 15,4% no Brasil no acumulado deste ano. Em números, foram 15.312 unidades em 2024 e 13.265 em 2023. Portanto, não fosse a retração registrada em dois segmentos, a alta seria ainda maior. Houve queda de 39,8% na fabricação de caminhões semileves e de 9,6% na de médios.
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Juros e dólar podem impactar produção de caminhões
Segundo o presidente da Iveco para a América Latina, Marcio Querichelli, há boas oportunidades de crescimento da produção e das vendas no segundo semestre. Sobretudo graças a novos investimentos nos setores de agronegócio, construção civil e mineração. Porém, ele lembra que variáveis como as altas taxas de juros e a desvalorização do real ante o dólar são preocupantes.
Nesse sentido, a Anfavea manteve a previsão de produção de veículos pesados feita no início do ano, de 160 mil unidades. Ou seja, com crescimento de 32,1%. Vale lembrar que esses números incluem tanto a produção de caminhões quanto de ônibus. Portanto, em 2024 a produção de caminhões deverá ser de 130 mil unidades e a de ônibus, de 30 mil.
Conforme os dados da Anfavea, no acumulado de 2024 a alta da produção de ônibus foi ainda maior que a de caminhões. Em outras palavras, foram feitas 14.668 unidades no primeiro semestre deste ano, ante 9.539 no mesmo período de 2023, com avanço de 53,8%. Entretanto, na comparação do mês passado (2.639 unidades) com maio (2.731), houve retração de 3,4%.