Nos primeiros cinco meses do ano as fabricantes de caminhões produziram 29.224 unidades, volume 13,9% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. O dado é da Anfavea, a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, divulgado na terça-feira, 6. O resultado é oposto ao desempenho de vendas, que apura variação negativa de 19,4% na mesma base de comparação interanual, para 17.239 unidades negociadas contra 21.388 emplacamentos de um ano antes.
“A produção no segmento, diferentemente das vendas internas, é beneficiada pelas exportações”, pontua Antonio Megale, presidente da Anfavea. “Ainda assim, a ociosidade das fábricas de caminhões beira os 80%, o que inspira preocupações.”
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Megale, no entanto, enumera sinais positivos no ambiente econômico que promovem melhorias nos negócios, como o aumento do PIB no primeiro trimestre, a queda inflacionária e a tendência de baixa nas taxas de juros. “Vale lembrar que apesar da condição dramática o segmento abriu o ano com queda de 33% e cinco meses depois estamos com 19%”, avalia.”
Somente em maio, a produção de caminhões somou 7.576 unidades, alta de 42,1% sobre as 5.332 unidades produzidas no mesmo mês do ano passado. O volume fabricado no quinto mês também garantiu alta em relação a abril, de 28,4%, quando as fábricas montaram 5.900 caminhões.
Ainda que o patamar de produção esteja longe do ideal, em virtude da forte retração do mercado interno, as exportações têm preservado alguma ocupação no parque industrial. De janeiro a maio, as remessas alcançaram 10.690 caminhões montados, alta de 39,6% frente ao mesmo período do ano passado, quando o volume exportado somou 7.658 unidades.
Apenas em maio os envios de caminhões para mercados internacionais cresceram 28%, para 2.377 unidades, contra as 1.857 unidades apuradas de um ano antes.