Mercado

Produção de caminhões cai 16% em março

Queda nas exportações, greve na Ford e alagamento na Mercedes-Benz comprometeram o ritmo das atividades no chão de fábrica

Décio Costa

04 de abr, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Fábrica de cabines da Mercedes-Benz em SBC
Crédito:Foto: Mercedes-Benz

No mês passado, saíram das linhas de montagem brasileiras 8,3 mil caminhões, volume 16,4% inferior ao registrado em março de 2018, quando as fabricantes produziram 9,9 mil unidades. O desempenho também é negativo em relação a fevereiro, com 9,6 mil veículos construídos.

Apesar do arrefecimento em março, o resultado no acumulado do ano ainda se sustenta no campo positivo. Nos três primeiros meses do ano, as montadoras produziram 24,7 mil caminhões, em alta de 1,3% sobre o volume apurado no mesmo período do ano passado, de 24,4 mil unidades.

Segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea, associação que representa as fabricantes de veículos no País, durante apresentação do balanço do setor automotivo, na quinta-feira, 4 de abril, o ritmo da produção em março foi prejudicado devido a fatores pontuais, como paralisação da Ford, logo após a decisão da fabricante de encerrar a operação de caminhões na América do Sul, e as chuvas que caíram sobre a região do ABC no início de março, provocando enchente em parte da fábrica da Mercedes-Benz.


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O maior obstáculo no avanço da produção, no entanto, é a crise na Argentina, o maior comprador dos veículos brasileiros. “O primeiro semestre do mercado argentino está comprometido. Esperamos que comece a melhorar depois disso”, chegou a observar Megale. Em março, os embarques de caminhões registram um declínio de 56,7%, com 1,2 mil unidades contra 2,7 mil enviadas no mesmo mês do ano passado.

No encerramento do primeiro trimestre, a queda nas remessas já chegou a 65,6%. Foram apenas 2,5 mil caminhões exportados no período ante 7,3 mil anotados um ano antes.

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