A produção de caminhões somou 15 mil unidades em setembro. Assim, o número é 13,2% menor que as 17,2 mil registradas em agosto. Por outro lado, na comparação com setembro de 2021 houve alta de 8,3% na produção de caminhões. Naquele mês, 13,8 mil veículos de carga saíram das linhas de produção instaladas no Brasil. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 7, pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Seja como for, no acumulado de 2022 o resultado é negativo. De janeiro a setembro, a produção de caminhões no Brasil somou 116,7 mil unidades. Ou seja, 1,4% a menos que as 118,3 mil produzidas nos nove primeiros meses do ano passado. Segundo o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini, a queda da produção em setembro foi pontual.
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De acordo com ele, o recuo está relacionado ao menor número de dias úteis. Porém, ele explica que ainda há falta de alguns componentes. "Seja como for, as montadoras estão conseguindo driblar a situação de escassez de componentes", diz. Além disso, o executivo afirma que os resultados estão próximos aos de 2021 e que a tendência é de avanço na produção de caminhos nos próximos meses.
Exportações em alta
Por outro lado, as exportações de caminhões cresceram em setembro. De acordo com os dados da Anfavea, 2,5 mil unidades foram enviadas a outros países. Portanto, houve alta de 2,3% antes os 2,3 mil veículos pesados exportados em agosto.
Da mesma forma, na comparação com setembro de 2021 as exportações cresceram. Assim, a alta foi de 25,9% em relação às 2 mil unidades exportadas no mesmo mês de 2021. O bom desempenho também se repete nos números do acumulado do ano, com alta de 25,9%. De janeiro a setembro, o Brasil enviou 18 mil caminhões para outros países. No mesmo período de 2021, foram 16,7 mil.
Ônibus se recupera de vez
Após dois anos amargando resultados negativos, as vendas de ônibus apresentam consolidação na tendência de alta. De acordo com a Anfavea, o avanço está ligado à última licitação do Programa Caminho da Escola. Assim, os veículos destinados a atender o programa bancado pelo governo federal representam 39% das vendas e do volume de produção.
De acordo com Bonini, o setor de ônibus foi o mais afetado na pandemia. Porém, está em recuperação, conforme havia sido previsto pela Anfavea. “Os dados do acumulado do ano mostram que todos os segmentos começam a reagir. Assim, em setembro as fabricantes montaram 3.799 chassis de ônibus. A alta, portanto, é de 6,6% sobre agosto, quando foram produziram 3.564 unidades.
Da mesma forma, na comparação com setembro de 2021, quando foram fabricadas 1.198 unidades, o avanço foi de 217,1%. Por fim, no acumulado dos nove meses do ano a indústria produziu 18 mil unidades. Ou seja, houve alta de 7,9% ante as 16,7 mil registradas no mesmo período de 2021.