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Produção de caminhões avança 4,2% em outubro

Na comparação com outubro de 2021, produção de caminhões teve alta de 13,5% graças, segundo as montadoras, à retomada do fluxo de entrega de peças

Aline Feltrin

11 de nov, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Produção de caminhões
Crédito:Volvo/Divulgação

A produção de caminhões no Brasil somou 15,6 mil unidades em outubro. O volume demonstra alta de 4,2% sobre as 15 mil registradas no mês anterior. Os dados são da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados nesta terça-feira,8, durante a Fenatran, em coletiva de imprensa.

Assim, na comparação com outubro de 2021 o resultado também foi positivo, com alta de 13,5% sobre as 13,7 mil unidades produzidas no mesmo mês do ano passado.

No acumulado do ano, a indústria produziu 132,3 mil caminhões. Alta, portanto, de 0,2% sobre as 13,7 mil produções de outubro do ano passado.


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De acordo com o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini mais uma vez a demanda de pesados, que representa 50% dos pedidos, foi a que mais puxou produção e vendas.

Seja como for, Bonini disse que o setor de caminhões, como um todo, vem demonstrando recuperação ao longo do segundo semestre. E isso tem refletido na produção.

“Esse ano tivemos um primeiro semestre de crise de oferta. Isso pela falta de alguns componentes que criaram desafios na logística. E isso impactou na projeção.”


Assim, nem mesmo as paralisações nas estradas por causa dos resultados da eleição para presidente prejudicou o ritmo da produção em outubro. “Os movimentos ocorreram no último dia do mês e, por isso, não houve impacto”, diz Bonini.

Leia também: DAF lança os caminhões CF e XF com motores Euro 6 na Fenatran

Sem antecipação de encomendas

Ao contrário do que se imaginava, não houve um número significativo de antecipação de compras de caminhões Euro 5 em 2022. Portanto, esse movimento não impactou no volume de produção nos últimos meses. Assim, isso seria uma forma de as empresas transportadoras aproveitarem os estoques de caminhões com tecnologia anterior a Euro 6. E pagar, me média, 20% a menos.

De acordo com Bonini, isso não ocorreu justamente por causa das dificuldades que as montadoras enfrentaram ao longo do ano para manter o ritmo da produção. Isso em um cenário onde havia falta de peças.


Seja como for, a realidade de hoje é bem diferente do de 2012. Na época, com a mudança da legislação ambiental da Euro 3 para a Euro 5, muitas empresas anteciparam as compras. Assim, houve um recorde de vendas e produção de caminhões no Brasil, com mais de 170 mil unidades.

Produção de ônibus em recuperação

A produção de ônibus em outubro também ficou maior. De acordo com a Anfavea, as montadoras produziram 3.126 chassis. Assim, o número é 3,7% menor do que setembro, com uma diferença de 600 unidades. Contudo, na comparação com outubro de 2021, a produção do mesmo mês deste ano ficou 139,7% maior. Assim, na época o Brasil produziu apenas 1.304 unidades.

VWCO/Divulgação

Seja como for, de janeiro a outubro a indústria produziu 26.950 chassis. Assim, o volume é 69,8% maior do que as 15.689 unidades do acumulado do ano passado.

Bonini atribui essa recuperação a demanda reprimida que é consequência da pandemia. "Todos os segmentos de ônibus foram impactados entre 2020 e 2021. Portanto, esse retorno gradativo está refletindo fortemente na produção", diz.


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