A trajetória de recuperação do mercado de caminhões coloca mais ritmo nas linhas de montagem. Segundo o balanço da Anfavea, a associação que reúne os fabricantes veículos no País, de janeiro a novembro, a produção de caminhões alcançou 98.097 unidades, avanço 29,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, ocasião na qual apurou 75.608 caminhões produzidos.
A maior demanda por caminhões pesados, especialmente devido o bom desempenho do agronegócio, impulsiona o aumento das atividades nas fábricas. Até novembro, o parque industrial automotivo produziu 44.907 unidades da categoria, volume 52% superior ao obtido no mesmo acumulado do ano passado, de 29.577 unidades. No período dos onze primeiros meses, os pesados foram responsáveis por 46% da produção total de caminhões.
“Apesar demonstrar um crescimento mais robusto nos últimos meses, especialmente com maior participação dos pesados também mostra que outros setores da economia não estão na mesma velocidade”, avalia Luiz Carlos Moraes, vice-presidente da Anfave e diretor de relações institucionais da Mercedes-Benz. “Falta ainda demandas maiores de setores, por exemplo, do varejo, que absorvem mais caminhões de categorias como as de leves e médios.”
Publicidade
Somente no mês passado, a produção somou 9.985 caminhões, evolução de 22,3% na comparação com novembro de 2017, quando saíram das linhas de produção 8.166 unidades. O volume produzido, no entanto, foi 8% inferior a outubro, com 10.858 unidades, queda atribuída ao grande número de feriados em novembro.
Ano que vem as fabricantes já se preparam para aumento na produção de caminhões. A Volkswagen Caminhões e Ônibus anunciou para janeiro o início de um segundo parcial em Resende (RJ), com a contratação de 350 pessoas. A Volvo também já decidiu por novas contratações, embora ainda não tenha a estimativa do número de pessoas. E, mais recentemente, a Mercedes-Benz divulgou que trará 600 novos trabalhadores para São Bernardo do Campo (SP), 400 deles para começar em janeiro e os outros 200 em abril, considerando a continuidade de crescimento do mercado.