A Paccar, controladora da DAF, deu um passo estratégico ao registrar novos nomes de motores no Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO). Entre as novidades estão as designações PX10, PX14, PX15, MX10 e MX14. Assim, indicando o desenvolvimento de motores de 10, 14 e 15 litros. Além disso, o movimento reforça a possibilidade de a empresa lançar propulsores mais potentes. Ou seja, a empresa deve ampliar a atuação no segmento de alta potência na Europa.
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Em 2022, a PACCAR já havia registrado o nome MX14, sugerindo um motor de 14 litros desenvolvido internamente, um litro a mais que o atual MX13. A mudança pode significar avanço rumo a potências superiores a 530 cv, limite atual da DAF na Europa.
Esse patamar atende boa parte das aplicações. Mas combinações mais pesadas e longas, comuns na Escandinávia e agora também na Espanha, já exigem potências de 600 cv ou mais. Até o momento, a marca não compete nesse nicho — algo que pode mudar com os novos projetos.
Estratégia inclui motores de origem própria e baseados em Cummins

Além do MX14, a PACCAR registrou motores com a sigla PX, como PX14, PX10 e PX15. O uso de “PX” indica modelos desenvolvidos ou modificados a partir de blocos fornecidos por terceiros. Especialmente a Cummins, como já ocorre com PX5, PX7 e PX9. Na Austrália, por exemplo, a DAF oferece o PX15 com 660 cv, baseado em um motor Cummins. Já a sigla “MX” identifica propulsores concebidos integralmente pela PACCAR.
O registro do MX10 levanta a possibilidade de um motor mais leve e econômico para aplicações como a série XD/XF. A imprensa internacional divulga que frotas selecionadas já testam protótipos com inovações internas significativas. Esses veículos participam de programas de validação que antecedem o lançamento oficial.
Atualmente, a DAF utiliza motores de 10,8 e 12,9 litros, MX-11 e MX-13, que estrearam com o XF há cerca de 20 anos. Todavia, no período os modelos passaram por várias atualizações. Sendo a mais recente em dezembro de 2023 no Brasil com a chegada da Euro 6.
Seja como for, a amplitude dos registros reforça que uma nova geração de motores a diesel pode estar próxima. Com potencial para impactar os mercados onde a DAF atua.