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Os caminhões que gostaríamos de ver no Brasil, mas não são vendidos aqui

Listamos 4 caminhões que se destacam por inovações tecnológicas e de desenho e indicam tendências de mercado

Andrea Ramos

03 de fev, 2025 · 9 minutos de leitura.

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Os caminhões que gostaríamos que rodassem no Brasil
Actros L
Crédito:Fotos: Mercedes-Benz
Os caminhões que gostaríamos que rodassem no Brasil

A indústria de caminhões protagonizou uma verdadeira revolução nos últimos anos. Nesse sentido, na última década, por exemplo, houve avanços importantes em aspectos como eletrificação e eletrônica. Assim, recursos de navegação e auxílio à condução, por exemplo, estão cada vez mais presentes nos novos modelos.

No mesmo sentido, houve forte evolução na oferta de caminhões com soluções de propulsão alternativas ao uso do diesel puro. Ou seja, que geram menos poluentes, como, por exemplo, o uso de gás, biodiesel e HVO, bem como híbridas. Além disso, o desenho passou a ser visto como um importante aliado para reduzir a resistência ao ar. Assim como para melhorar a ergonomia e o espaço para o motorista, o que representa uma evolução nas condições de trabalho.

Dessa forma, de olho nas inúmeras novidades lançadas nos últimos anos, o Estradão elegeu quatro caminhões que trazem soluções inovadoras. Além disso, em comum, nenhum deles está à venda no Brasil. Mas bem que gostaríamos de ver esses modelos rodando pelas estradas do País. Quem sabe os executivos das marcas não se animem a trazer esses produtos depois de lerem a reportagem.


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MAN HTGX, o campeão em inovação

Os caminhões que gostaríamos que rodassem no Brasil
Modelo da MAN recebeu prêmios na Europa pela tecnologia de célula a hidrogênio; Fotos: MAN

MAN hTGX é apresentado como um caminhão pesado com motor a hidrogênio. Após ter faturado o Truck Innovation Award 2025, o modelo destinado à operações de distribuição, construção e algumas rodoviárias, levou outros prêmios pelo seu nível de inovação.

Seu motor de injeção direta é de seis cilindros em linha, 16,8 litros e produz 383 kW de potência. Ou seja, o equivalente a cerca de 514 cv. Segundo a Man, a Mahle fornece os componentes para o motor a hidrogênio do hTGX.


Vale dizer que apenas 200 unidades desse caminhão vão ser entregues em 2025. Além disso, ele é classificado como veículo de emissão zero (ZEV). Conforme a MAN, o hTGX será oferecido em poucos mercados, mas a empresa ainda não revelou quais.

Seja como for, de acordo com a marca alemã a utilização de hidrogênio em motores de combustão é uma alternativa importante para reduzir as emissões de poluentes na cadeia de transporte.

Mercedes-Benz eActros L é o caminhão diesel com cara de elétrico

Sem dúvida o Actros L, da Mercedes-Benz, inaugura uma nova era no design dos caminhões. O modelo, por ter sido inspirado no irmão eActros 600, tem um desenho bem diferente comparando aos tradicionais veículos a diesel e até outros elétricos.


Seja como for, o modelo se destaca pela frente prolongada em 80 mm. O que permite um design totalmente novo e ainda mais aerodinâmico. Cada detalhe da chamada ProCabin foi concebido para desviar o fluxo de ar frontal com a menor resistência possível.

Os caminhões que gostaríamos que rodassem no Brasil
O design do caminhão elétrico também se estendeu para o modelo diesel - Fotos: Mercedes-Benz

Como resultado, houve o aumento de eficiência de até 3% em comparação com o antecessor. Em combinação com o motor OM 471 de 3ª Geração o caminhão também traz mais economia.


E graças a esse prolongamento da cabine, a cama no Actros L tem 750 mm de largura, até 2.200 mm de comprimento. Do mesmo modo dispõe de série de um colchão de espuma com 110 mm de espessura.

Renault Trucks com mais autonomia

Renault Trucks abrirá ainda neste ano as encomendas dos seus caminhões elétricos E -Tech T. Como novidade, o modelo traz autonomia de 600 km com uma única carga.

A empresa anunciou que as encomendas deste veículo serão abertas no segundo semestre de 2025. Seja como for, a novidade dessa linha para garantir maior autonomia está no eixo elétrico que trabalha em conjunto com o motor elétrico. 


Os caminhões que gostaríamos que rodassem no Brasil
O Renault E-Tech chega ao mercado na Europa ainda neste ano, com 600 km de autônomia -Fotos: Renault Trucks

Outro ponto fundamental é que os eixos elétricos são mais leves em relação aos convencionais. O que garante mais leveza ao veículo e maior capacidade de carga. Conforme a empresa, foram rodados com o modelo 30 milhões de km e deixados de emitir na atmosfera 29 mil toneladas de dióxido de carbono.

Volvo FH Aero 5% mais de economia

A cabine do Volvo FH Aero mudou na Europa para todas as famílias. Ou seja, gama a diesel, gás e elétrica. Como novidade, a parte frontal do caminhão também ganhou 240 mm em comparação com o Volvo FH atual. 


Esta extensão deu mais aerodinâmica à cabine. Em razão disso, o caminhão também ganhou melhor estabilidade de condução em condições de vento.

Além disso, a Volvo Trucks apostou no novo sistema avançado de monitoramento por câmera. Ou seja, a solução que substitui os tradicionais retrovisores externos, abre o campo visual ao condutor, melhorando a segurança do condutor e de quem está ao redor do veículo na rodovia.

Os caminhões que gostaríamos que rodassem no Brasil
As tecnologias do FH Aero estão no FH brasileiro, agora só falta a nova cabine chegar por aqui - Fotos: Volvo

Mas, enquanto a nova cabine não chega por aqui, afinal depende de legislação, no quesito tecnologia embarcada e segurança, a linha 2025 da Volvo no Brasil está em linha com a Europa. Nesse sentido, o caminhão conta com sistema I-See aperfeiçoado para reduzir o consumo, bem como freios com sistema anti arrasto patenteados pela Volvo. Assim, melhorando a capacidade de frenagem.

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