Um acidente registrado em Ibiza no começo deste mês reacendeu o debate sobre segurança viária na Espanha. Um vídeo divulgado pelo jornal El Español mostra o momento em que um caminhão colide lateralmente com um carro em uma rotatória e segue adiante com o veículo preso à parte frontal da cabine, arrastando-o por vários metros.
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As imagens, gravadas por testemunhas, mostram que o motorista do caminhão aparentemente não percebeu o que havia acontecido. Além disso, mesmo com buzinas e gritos de alerta vindos de outros condutores, o caminhoneiro só parou após alguns instantes, quando já havia percorrido uma distância considerável com o carro preso à frente do veículo.
Ao descer, o motorista demonstrou irritação e tentou justificar o ocorrido. Conforme relatado pelo condutor, o carro estava no chamado “ponto cego” — área ao redor do caminhão que não é visível pelos espelhos retrovisores. “É que não te vejo!”, afirmou durante a discussão com o condutor do automóvel.
O caso em Ibiza levantou questionamentos sobre os desafios de visibilidade enfrentados por motoristas de veículos pesados, especialmente em áreas urbanas e cruzamentos movimentados. Especialistas alertam que, embora os pontos cegos sejam uma limitação comum em caminhões, os condutores devem adotar medidas extras de precaução em locais de maior risco.
Como evitar pontos cegos?
Embora os pontos cegos ainda representem um desafio para a segurança de veículos pesados, já existem tecnologias capazes de reduzir significativamente esse risco. Por exemplo, sistemas de câmeras com visão 360 graus oferecem uma vista panorâmica ao redor do caminhão, permitindo que o condutor enxergue áreas que os espelhos convencionais não alcançam. Além disso, sensores de ponto cego identificam a presença de veículos nas laterais e emitem alertas sonoros ou visuais quando há risco de colisão.
Além das soluções eletrônicas, há recursos mais simples que também ajudam a melhorar a visibilidade. Espelhos adicionais e espelhos convexos, instalados estrategicamente, ampliam o campo de visão do motorista e reduzem os ângulos mortos. Esses equipamentos são de baixo custo e podem ser adotados em caminhões mais antigos que ainda não contam com tecnologias avançadas.
