Em 2022, a Mercedes-Benz encerrou as vendas da linha Axor no Brasil, deixando de oferecer um cavalo mecânico para operações rodoviárias de curtas e médias distâncias. Agora, a montadora voltou a preencher essa lacuna com o Atego 1933 LS 4x2, já disponível no mercado brasileiro.
- VEJA MAIS:
- Foton apresenta novo caminhão elétrico Auman Galaxy 9 na China
- Hitech Electric lança utilitários elétricos urbanos no Brasil
- Arrow Mobility exporta primeiro furgão elétrico para a Argentina
Substituto do Axor 1933, o Atego 1933 passa a ser o cavalo mecânico de entrada da Mercedes-Benz no Brasil. Além disso, o novo caminhão obedece as normas de emissões do Proconve P8 (Euro 6). Por outro lado, o Axor não atendia a essa legislação, por isso a empresa parou de vendê-lo no País.
O Atego 1933 é impulsionado pelo motor diesel seis cilindros 7.2 litros OM 926 LA BlueTec 6. Conforme dados do fabricante, esse propulsor desenvolve 321 cv de potência e 127,46 mkgf de torque. Ele vem associado ao câmbio automatizado de 12 marchas e eixo traseiro sem redução nos cubos. Com esse conjunto, o modelo tem Capacidade Máxima de Tração (CMT) de 45,1 toneladas.
Publicidade
O novo cavalo mecânico da Mercedes-Benz adotou as recentes novidades visuais da linha Atego Euro 6, com linhas suavizadas para melhorar a aerodinâmica. Assim, o caminhão agora conta com uma nova grade frontal, defletores de ar atualizados e um para-choque renovado, todos alinhados ao estilo da família Actros, de caminhões extrapesados.
De acordo com o fabricante, a renovação visual do Atego facilita a manutenção do caminhão. Os para-choques, por exemplo, são de termoplástico, material que pode recuperar a forma original depois de amassado. Há também os faróis moduladores, que permitem a substituição individual. Esses módulos vêm da linha Accelo, o que facilita a intercambialidade de peças e reduz o custos de reparo.
Novo Atego 1933 é um "caminhão pragmático"
A linha Atego já teve uma opção de cavalo mecânico, o Atego 1730 S. Contudo, esse modelo teve baixa adesão no mercado brasileiro devido ao seu CMT relativamente baixo, de 36 toneladas. Na outra ponta, o Actros 2045, do segmento extrapesado, com peso bruto total de 58,5 toneladas, tem uma capacidade muito alta e, portando, uma atuação mais restrita e específica.
Nesse sentido, o Atego 1933 não oferece pouco, nem muito. “É um caminhão pragmático”, diz Marcos Andrade, gerente sênior de marketing de produto caminhão da Mercedes-Benz do Brasil. “O Atego 1933 atende transportadoras que operam em trechos regionais, normalmente em viagens de curta e média distâncias. Para isso, ele não precisa ser tão potente ou transportar tanta carga como o Actros.”
Meio Atego, meio Arocs
Embora seja um caminhão mais flexível, indicado inclusive para rodar em trechos vicinais, Andrade explicou que o novo Atego 1933 tem elementos do Actros, que é mais complexo. O quadro e o eixo traseiro, por exemplo, vêm do modelo extrapesado da Mercedes-Benz.
“O Atego 1933 tem toda a versatilidade da linha Atego, com o interior confortável e mais silencioso, mas com os elementos de robustez do Actros”, disse Andrade.
De acordo com o gerente de marketing da Mercedes-Benz, o Atego 1933 é um cavalo mecânico adequado para atrelar a carretas (de até três eixo) com cargas volumosas ou fracionadas. “Ele pode atuar principalmente em logística de portos e entregas de cargas.”
No entanto, apesar de ser um caminhão pensado para curtas e médias distâncias, o novo Atego 1933 tem quatro opções de cabine: simples, estendida, leito teto baixo e leito teto alto. Assim, dependendo do tipo e duração da operação, é um veículo que pode abrigar o motorista em paradas durante a noite.
A Mercedes-Benz estima que deve entregar cerca de 500 unidades do novo Atego 1933 até o fim deste ano, sendo que parte desse volume já foi negociado. O novo cavalo mecânico de entrada da marca tem preço inicial de R$ 730 mil.