A BASF anunciou que desenvolveu uma nova solução que torna o processo de produção de biodiesel mais seguro e sustentável. Trata-se do Lutropur MSA, um ácido orgânico e biodegradável que pode substituir substâncias químicas mais agressivas usadas na produção o biocombustível. Além disso, o produto aumenta em até 3% o rendimento do diesel orgânico, segundo a empresa do setor químico.
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“O Lutropur MSA apoia uma produção mais rápida, eficiente e limpa, com redução de corrosão e toxicidade, e eliminação de vários efeitos secundários que ocorrem com o uso de outros tipos de ácidos”, explica André Karadi, do Marketing de Care Chemicals da BASF para América do Sul.
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Lutropur MSA é o nome comercial para o ácido metanossulfônico. De acordo com a BASF, essa substância oferece uma alternativa mais segura e menos tóxica aos ácidos sulfúrico e fosfórico, usados atualmente na produção de biodiesel. O novo produto também tem rápida biodegradabilidade, ao contrário das outras substâncias.
Solução da BASF reduz custos na produção de biodiesel
É possível usar o ácido metanossulfônico para transformar óleo em biodiesel, tanto em processos de esterificação quanto de transesterificação. Ele também ajuda a neutralizar o biodiesel bruto e a glicerina, bem como facilitar a separação de sabão para obter ácidos graxos. De acordo com a BASF, o produto também garante economia de custos, pois é mais eficiente no processamento de matérias-primas residuais, como sebo bovino e óleo de cozinha descartado, em biocombustível.
Outra vantagem do produto, conforme anuncia a BASF, é a redução do consumo de energia no processo de esterificação em baixa temperatura. O método convencional realiza essa etapa com tecnologias de alta temperatura, como a glicerólise ou a remoção de FFA. Além disso, o ácido metanossulfônico evita a formação de incrustações nas colunas de destilização de biodiesel, reduzindo as paradas para manutenção nos equipamentos de produção do combustível.
Atualmente, a proporção de adição de biodiesel ao óleo diesel disponível no Brasil é 14%. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu esse limite em março deste ano. Em 2025, a fração de biocombustível na mistura do diesel aumentará para 15%.