Legislação

Nomes de rodovias estaduais são definidos pelo 'marco zero', entenda

Código que vem logo após os nomes das rodovias radiais é determinado por ângulo do marco zero, que, no caso de São Paulo, é a Praça da Sé

Redação

30 de jan, 2023 · 5 minutos de leitura.

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nomes das rodovias
Crédito:Foto: Artesp

Você sabe como são definidos os números e os nomes das rodovias? Pois o Estradão conta como isso é feito nas estradas estaduais em São Paulo. Para começar, o marco zero da capital paulista, que fica na Praça da Sé, é a referência para os códigos que identificam as rodovias de São Paulo. Ou seja, a localização das vias em relação ao monumento geográfico determina o número atribuído a cada rodovia e adicionado o prefixo SP. Nas rodovias federais, a sigla é BR.

No caso da Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto, o código é SP 070. Isso porque a estrada fica em um ângulo de 70 graus em relação ao centro da cidade de São Paulo. Assim, para chegar ao ângulo, os especialistas consideram a posição 0 (zero) grau no Norte. Depois, avançam no sentido horário.

Para entender melhor o conceito, basta ver o mapa abaixo. E, então, imaginar uma "rosa dos ventos", que é a figura que representa graficamente os pontos de orientação. Ou seja, Norte, Sul, Leste, Oeste, Sudeste e Noroeste na superfície terrestre.


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Rodovias Radiais têm numeração definida pelo ângulo em relação ao Marco Zero. Divulgação: ARTESP

Contudo, há regras para a definição da classificação e da codificação. Assim, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) é o responsável por manter uma lista com as normas que definem essa classificação e sua respectiva codificação. Segundo o DER, é importante codificar para agilizar a identificação, sobretudo no caso de acidentes. Bem como para agilizar o atendimento aos usuários em caso de ocorrências na via.


Rodovias transversais

A regra sobre o código pelo ângulo em relação ao marco zero vale somente para as rodovias radiais. Ou seja, aquelas que ligam a capital paulista ao interior e litoral. É o caso da Castello Branco (SP 280) e da Raposo Tavares (SP 270). Ou, ainda, das que apontam para a cidade de São Paulo, mesmo sem chegar ao município, como, por exemplo, a Marechal Rondon (SP 300).

Vale informar que todas as rodovias radiais têm numeração par. Alguns exemplos são a Dona Leonor Mendes de Barros (SP 333). Ela passa pelas cidades de Marília, Jaboticabal e Echaporã, entre outras. Ou a Tamoios (SP 099), que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte do Estado.


Rodovias transversais têm numeração definida pela distância média em relação ao marco zero. Divulgação: ARTESP

Rodovias estaduais homenageiam personalidades

Uma curiosidade é que o nome das rodovias pode homenagem alguém. Portanto, pode ser um pessoa famosa ou cidadão que tenha feito contribuído com o Estado ou município. Esse é o caso do novo complexo da cidade de Santos, que vai receber o nome de "Pelé".

Ou seja, celebra Edson Arantes do Nascimento, nome do jogador que faleceu no fim de dezembro de 2022. No entanto, o mais comum é que os nomes sejam definidos por meio de de projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa (Alesp), no caso de São Paulo.


Seja como for, a biografia do homenageado deve constar no projeto. Bem como serviços relevantes à sociedade feitos pelo homenageado, assim como documento que comprove seu óbito. Posteriormente, o DER inicia o processo de nomeação da rodovia, de dispositivos, passarelas, viadutos, pontes, acessos e novos contornos das cidades.
Atualizada às 20h28

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