A Mercedes-Benz do Brasil iniciou o uso caminhões elétricos eActros 400 na logística interna de sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP). Os veículos, pertencente à primeira geração do modelo, transportam materiais entre setores da planta.
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Conforme divulgado pela montadora, o primeiro eActros 400 entrou em serviço na fábrica no final de julho. O veículo realiza rotas conhecidas como “milk run”, transportando componentes até a linha de produção de motores. No final de setembro, outro caminhão do mesmo modelo passou a atender a área de produção de eixos. A Daimler Truck empresta os veículos à divisão brasileira. Antes, os dois caminhões elétricos operavam em funções semelhantes na fábrica do grupo em Wörth am Rhein, na Alemanha.
Antes de iniciar a operação, os caminhões elétricos foram adaptados às condições locais e os motoristas da empresa prestadora de serviço receberam treinamento específico para caminhões elétricos. De acordo com a companhia, a introdução do eActros 400 na logística em Sâo Bernardo do Campo reduz as emissões poluentes e geram maior eficiência na movimentação de materiais dentro da planta.
“Essa iniciativa representa o compromisso da nossa empresa em fortalecer o conhecimento em mobilidade elétrica e o interesse contínuo em aprender e evoluir com soluções sustentáveis”, afirma Erica Daumichen, vice-presidente de Operações de Caminhões e Agregados da Mercedes-Benz do Brasil.

Resultados ambientais com caminhões elétricos
Com as duas rotas em operação, o uso dos eActros substitui caminhões a diesel e corta o equivalente a emissão de cerca de 17 toneladas de CO₂ por ano, informa a montadora. Os veículos realizam cerca de 600 viagens por mês, o que corresponde a uma média de 30 por dia útil em dois turnos. Além disso, a frota elétrica é acompanhada pelo sistema de telemetria FleetBoard, desenvolvido pela Mercedes-Benz.
Fora a redução de emissões, a empresa estima queda nos custos operacionais, tanto em energia quanto em manutenção. De acordo com o fabricante, a economia vem do menor custo da recarga elétrica em comparação ao diesel e da simplicidade dos sistemas mecânicos do eActros, que dispensam os componentes móveis tradicionais de motores a combustão.