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Mercedes-Benz Arocs 3351 é o pesado líder do fora de estrada

Tabelado a partir de R$ 1,06 milhão, Mercedes-Benz Arocs é o único fora de estrada da lista dos 10 pesados mais vendidos no primeiro semestre

Andrea Ramos

24 de jul, 2024 · 9 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz Arocs 3351 é o preferido no fora de estrada
Mercedes-Benz Arocs
Crédito:Mercedes-Benz/Divulgação
Mercedes-Benz Arocs 3351 é o preferido no fora de estrada

Nas operações fora de estrada, a Mercedes-Benz é a marca de caminhões preferida, sobretudo por madeireiras e clientes do setor de cana de açúcar. Em outras palavras, o Arocs 3351 6x4 foi o caminhão mais vendido do segmento nos primeiros seis meses de 2024. Segundo dados da Fenabrave, que reúne as associações de concessionárias do País, 727 unidades foram emplacadas no período.

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Dessa forma, o modelo, que tem preço sugerido de cerca de R$ 1,06 milhão, é o único fora de estrada na lista dos 10 caminhões pesados mais vendidos do Brasil. De acordo com a Fenabrave, o Arocs está na décima posição do ranking. Trata-se de um feito e tanto. Afinal, historicamente a lista de caminhões pesados sempre foi dominada por modelos rodoviários.


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Mercedes-Benz Arocs 3351 é o preferido no fora de estrada
Mercedes-Benz/Divulgação
Arocs 3351 6x4 somou 727 unidades emplacadas no acumulado do ano; Fotos: Mercedes-Benz

Seja como for, parte do bom desempenho do Arocs em vendas pode ser creditada ao histórico criado pelo Axor 3344. O modelo antecessor liderou as vendas para clientes das áreas de cana e madeira até meados de 2021. Na época, o pesado disputava mercado com modelos com cabines mais modernas, motores mais fortes e sistemas eletrônicos mais avançados, como os das linhas Scania G e Volvo FMX.

Linha Arocs tem ampla oferta de versões

Porém, seu preço menor que o da concorrência era uma vantagem. Além disso, o Axor tinha fama de ser robusto e de fácil manutenção, sobretudo por causa do motor OM 457, o mais popular da marca. Dessa forma, contribuíram para o sucesso do modelo as peças fáceis de encontrar, bem como a ampla rede de pontos de assistência técnica.


Porém, como não atendia as novas regras de emissões de poluentes no Brasil, o Axor 3344 deixou de ser produzido em 2023. Assim, o Mercedes-Benz Arocs passou a ocupar o lugar do modelo veterano. A nova família é composta pelas versões 3351 plataforma (rígida) e cavalo-mecânico com tração 6x4, preparado para atender a legislação do setor de cara, que permite o uso de caminhões de até 91 toneladas.

Mercedes-Benz
Mercedes-Benz Axor ficou famoso por causa da robustez e facilidade de manutenção

Além delas, o cavalo-mecânico tem a opção 3353 para 91 t, bem como a 4151 6x4, focadas nos segmentos de construção civil e mineração. No mesmo sentido, as opções 3351 8x4, de 58 t, e 4851 são para operações pesadas. Entretanto, a líder de vendas é a 3351 6x4. Segundo a Mercedes-Benz, 65% desses modelos são utilizados nos setores de cana e madeira. E 25% destinam-se a clientes da construção civil. Por isso, têm implementos do tipo basculante.


Foco no fora de estrada

Conforme o engenheiro de marketing do produto caminhões Mercedes-Benz, Wilson Baptistucci, a linha Arocs foi pensada para atender operações no fora de estrada. Portanto, é um modelo bem diferente do Axor, um caminhão rodoviário adaptado para atender esse tipo de demanda. Assim, o executivo diz que o Arocs é um produto superior e evoluído em termos de cabine e trem de força.

Nesse sentido, ele afirma que o desenho está mais em linha com o dos rivais. Como resultado, o novo caminhão é maior e tem mais espaçoso a bordo. Além disso, a fabricante oferece opção de cabine estendida e, como opcional, pode receber cama rebatível, algo importante em viagens longas. Da mesma forma, a estrutura do Arocs tem reforços para encarar terrenos acidentados.

Mercedes-Benz Arocs 3351 é o preferido no fora de estrada
Cabine do Arocs é ampla, confortável e, na versão longa, pode receber cama rebatível

Trem de força é o atributo do Mercedes-Benz Arocs

Segundo a marca, o trem de força é uma evolução do utilizado no Axxor. Assim, o motor é o Mercedes-Benz OM-460 de 13 litros, que produz 495 cv de potência e 244,7 mkgf de torque. De acordo com a versão, o seis-cilindros pode ter até 510 cv e traz vários componentes do consagrado OM-457. Porém, atende as regras do Proconve P8, programa de controle de emissões equivalente ao europeu Euro 6.

De acordo com Baptistucci, por ser moderno o OM-460 tem intervalos maiores entre as trocas de óleo, por exemplo. No mesmo sentido, houve um importante avanço com a adoção da transmissão G-340 Powershift Advanced, que garante trocas de marcha até 40% mais rápidas. Como resultado, há redução do consumo de combustível e, também, das emissões de poluentes.

Além disso, o caminhão traz evoluções como o eixo com redutor nos cubos de roda com magnetos, o que diminui o risco de contaminação por fuligem. Portanto, a durabilidade do óleo utilizado para lubrificar o sistema foi ampliada. Vale lembrar que a capacidade máxima de tração (CMT) do Arocs é de 150 t. Ou seja, quase 22% a mais que a do Axor 3344, cuja CMT era de 123 t.


Eletrônica avançada

De acordo com a Mercedes-Benz, o Arocs também traz modernas soluções eletrônicas. É o caso, por exemplo, do sistema de freios, acionado automaticamente quando o motorista para o caminhão e abre a porta. No mesmo sentido, há controle eletrônico de estabilidade e auxílio de partida em rampa. Bem como freio-motor que atua em conjunto com o retarder e tem 900 cv de potência.

Entre os concorrentes diretos do Mercedes-Benz Arocs está o Scania G 500 6x4, com preço sugerido a parir de R$ 1,08 milhão. Assim como o Volvo FMX 500. cuja tabela começa em R$ 1,3 milhão. Porém, o mais barato do segmento é o Volkswagen Constellation 33.480 6x4, por cerca de R$ 945 mil.

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