Já foi o tempo em que os empresários de transporte escolhiam caminhões apenas por preferência ou pelo consumo de diesel. Com os veículos cada vez mais equivalentes em qualidade e eficiência, os serviços de pós-vendas tornaram-se nota de corte. E hoje são um fator para eleger a compra. Nesse sentido, o pós-venda da Mercedes-Benz levou à Auto Socorro Flavinho a eleger os caminhões Accelo na sua frota.
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A empresa de São José do Campos, no interior paulista, tal como o nome sugere, atua no socorro de veículos. Isso tando em operações urbanas como rodoviárias.
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Pois o propritário Flávio Dores conta que a Auto Socorro Flavinho presta serviço para a Porto Seguro, uma das maiores seguradoras do País. Por isso, os caminhões não podem ficar parados por muito tempo. Afinal, nessa operação, os guinchos da companhia rodam em média 2,5 mil km por mês. Ou seja, algo equivalente a quase 3 mil atendimentos na região do Vale do Paraíba.
Seja como for, a frota hoje é de 120 caminhões. Porém, metade dela atua em outra operação da AGL Locadora. De acordo com o empresário, trata-se de uma expansão dos negócios. Afinal, na AGL, os caminhões são locados já com a plataforma guincho.
Frota com Mercedes-Benz aumentou com tecnologia Euro 6
Com a virada da Euro 6, Fávio optou por expandir a frota com Mercedes-Benz. Assim, hoje 50% dos seus caminhões são da marca da estrela.
Porém, nem sempre foi assim. Até o ano passado, a Mercedes-Benz representava apenas 10% da frota da companhia.
Mas com a chegada da atual tecnologia, Flavinho, como é chamado, começou a ter problemas com outras marcas. Conforme Dores, mesmo sendo os caminhões novos, problemas ocorrem, como, por exemplo, a troca de peças. O que para ele não é um problema.
"Mas eu preciso do caminhão constantemente disponível. E com a Mercedes-Benz, em caso de qualquer eventualidade, meu caminhão fica parado apenas por algumas horas. No pior das ocorrências, o veículo ficou dois dias parado. Enquanto na experiência com outra marca, já ocorreu de o caminhão ficar uma semana parado por falta de peça, o que eu acho inadmissível", recorda.
Accelo na frota
Seja como for, a empresa de autossocorro hoje conta com 15 Accelo Euro 5 e 31 Euro 6 nas versões 817, 1017 e 1317. Assim como o Atego 1419. E a intenção é aumentar a frota de Mercedes-Benz em 2024. "Se a Mercedes-Benz continuar me dando esse atendimento, por meio da concessionária De Nigris, eu vou continuar comprando Accelo", brinca.
Dores diz ainda que o Accelo melhorou com a chegada da Euro 6. Nesse sentido, ele revela que tem na frota modelos com versões com caixa manual e automatizada. No caso das versões com transmissões inteligentes Mercedes-Benz G 70, as trocas sã mais dinâmicas frente à anterior Eaton.
Além disso, nos modelos com caixa manual, as pisadas no pedal da embreagem ficaram menos estressantes para o motorista. Isso porque o componente passou a contar com auxílio pneumático. Dessa forma, deixa o pedal de embreagem mais macio e leve. E os motoristas dizem ficar menos fadigados no final do dia.
"Graças a extensão atrás dos bancos, a cabine ganhou mais espaço. E o banco com suspensão pneumática ajuda o motorista a ficar mais confortável ao volante", relata.)
Projeto de 20 anos
Nesse sentido, vale lembrar que o Accelo é um projeto global. E foi desenvolvido ainda no início dos anos 2000 e lançado no Brasil em 2003.
Nesses últimos 20 anos, o veículo recebeu melhorias técnicas. Porém, a cabine ganhou poucas alterações. Dessa forma, mantém a mesma identidade visual desde o lançamento.
Entretanto, com a chegada da Euro 6, o caminhão ganhou aprimoramentos. Com o motor Euro 6, a Mercedes-Benz fala em redução de consumo entre 5% e 8%. Porém, conforme Flávio Dores, na rodovia o modelo já se mostrou até 10% mais econômico.
No entanto, na operação de autossocorro, o caminhão roda leve. Entre 2 t e 4 t de carga líquida mais a plataforma de 3 t. Ou seja, o Accelo 817 consome em média 7,5 km/l. Enquanto o Accelo 1017 faz 6,5 km/l.
Além disso, por força de lei, conta com controle eletrônico de estabilidade, chamado de ESC na Mercedes-Benz. E traz de série espelho frontal e lateral de manobra. Além de teto com escotilha e ar-condicionado com quatro saídas de ar, que refrigera bem o ambiente.
Um caminhão coringa
O gerente de marketing da Mercedes-Benz, Edgar Bertini, reconhece que o Accelo não teve grandes atualizações de cabine desde o lançamento. Por isso, a fabricante deverá trazer novidades para a linha na Fenatran de 2024.
Seja como for, segundo Bertini, nessas duas décadas foram emplacadas 90 mil unidades da gama. Nesse sentido, grande parte das vendas se direciona às operações com baú e carga seca. Sobretudo quem opera na construção civil e com alimentos.
