Mercado

Iveco tem sua melhor participação em vendas da história

Mesmo com um mercado de vendas travado, a Iveco conseguiu aumentar sua participação em vendas por causa de soluções personalizadas oferecidas aos clientes. Os caminhões Tector e S-Way puxaram a demanda

Aline Feltrin

20 de jul, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Iveco
O caminhão pesado S-Way soma 1 mil unidades em vendas desde o seu lançamento no ano passado
Crédito:Divulgação/Iveco

A Iveco comemora sua melhor participação em vendas desde que iniciou sua trajetória no mercado nacional de caminhões, em 1997. Assim, em junho deste ano, a montadora instalada em Sete Lagoas (MG) viu sua fatia de mercado subir de 10,53% para 13% em junho.

Conforme o ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no mês passado a Iveco foi a quarta colocada. Assim, ficou atrás apenas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que detém 25,54% do mercado, da Mercedes-Benz, com 21,77%, e da Volvo, com 20,21% da fatia de vendas. Seja como for, a marca de origem italiana está à frente da Scania, com 11,19% e da DAF, com 8,47%.

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Seja como for, no primeiro semestre obteve 10% de todas as vendas de caminhões feitas aos transportadores brasileiros. Assim, nos seis primeiros meses do ano ficou com a quinta colocação no ranking da Fenabrave.

Iveco Tector e S-Way puxam as vendas

A Iveco destaca o seu modelo médio, o Tector, como um dos protagonistas e puxadores de vendas. Assim, o modelo foi o responsável pelo acréscimo de três pontos percentuais em participação de vendas no segmento. Da mesma maneira, o S-Way, modelo pesado que a marca lançou no ano passado, já teve 1 mil unidades vendidas desde então.


Iveco Tector ajudou a aumentar participação em médios. Divulgação/Iveco

O presidente da Iveco para a América Latina, Márcio Querichelli, afirmou que o bom desempenho é resultado da resiliência. Em outras palavras, houve uma força-tarefa com colaboradores, fornecedores e concessionárias para conquistar novos negócios. Seja como for, a marca investiu em estreitar os laços com a carteira de clientes e em soluções personalizadas.

"Tivemos um primeiro semestre extremamente complexo. A combinação dos motores Euro 6, que encareceu o preço dos caminhões, a elevada taxa de juros e baixa disponibilidade de crédito travou o mercado. E isso é motivo de grande preocupação", declarou.


Um cenário mais animador

Contudo, o executivo acredita em um cenário mais animador nos próximos meses. "A expectativa é uma redução da Taxa Selic, bem como o retorno do Finame como protagonista no financiamento de caminhões no Brasil". A modalidade de compra a prazo foi, no passado, essencial para as vendas de veículos pesados no Brasil. Isso porque o crédito oferecido pelo BNDES e, portanto, oferecia subsídios e taxas de juros baixas.

Na visão Querichelli, a indústria espera que a linha de financiamento e o programa de renovação de frotas ajudem a destravar as vendas de veículos pesados no Brasil.

Um sonho antigo

Conquistar pelo menos 10% da fatia de mercado de caminhões é um sonho antigo da Iveco. Assim, em 2007, uma década depois de entrar no mercado brasileiro, iniciou seus planos para conquistar o topo do ranking de vendas. Na época, licenciava cerca de 5 mil veículos ao ano. Um ano depois, saltou para mais de 9 mil unidades. Mas foi em 2011 que conquistou o auge, com mais de 14 mil veículos vendidos e 6,5% de participação. Desde então, aos poucos vem buscando o seu espaço.


Para crescer no mercado nacional, a empresa investiu pesado na ampliação da frota. Assim, passou a lançar caminhões em todos os segmentos. Desde os semileves até os mais pesados. E, assim, passou a ser uma montadora com portfolio completo. Ou seja, uma marca 'full-liner'. Por outro lado, ampliou a rede de concessionárias, nacionalizou seus componentes e implantou ferramentas de pós-vendas mais eficientes para acompanhar as necessidades dos seus clientes.

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