Avaliação

Iveco Tector 11-190 é caminhão versátil e parrudo

Caminhão Iveco Tector 11-190 tem motor 4.5 de 190 cv e 62,2 mkgf, o maior da categoria dos médios, que garante força em qualquer situação

Andrea Ramos

02 de dez, 2021 · 8 minutos de leitura.

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Testamos o Iveco Tector de 11 t, caminhão versátil e parrudo
Estradão testou o Iveco Tector de 11 t, modelo que vem se destacando nas vendas de caminhões médios
Crédito:FELIPE RAU/ESTADAO

O Iveco Tector 11-190 tem peso bruto total (PBT) 10,6 toneladas. Portanto, é um médio. Porém, esse tipo de caminhão conquista cada vez mais espaço no segmento de leves. Ou seja, com capacidade de até 9,9 t. O motivo é simples. Os caminhões com cerca de 11 t de PBT podem levar mais carga e, ao mesmo tempo, são versáteis no uso urbano. Por exemplo, na distribuição de produtos dos setores alimentício, farmacêutico e de bebidas, entre outros. O modelo tem preço sugerido de R$ 265.375.

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De olho nesse avanço, a Iveco ampliou a oferta da linha Tector. Até recentemente, havia apenas caminhões semipesados e pesados. Porém, em 2019 a marca lançou no Brasil o médio Tector 11-190. Bem como o leve Tector 9-190. Segundo a empresa, os dois utilizam a mesma cabine dos modelos maiores. Ou seja, todos oferecem amplo espaço para motorista e ajudante.


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Além disso, o Tector 11-190 tem motor FPT NEF 45, o maior motor do segmento. Ou seja, trata-se de um 4.5 turbodiesel que gera 190 cv de potência a 2.500 rpm. Por sua vez, o torque, de 62,2 mkgf, está disponível a partir das 1.350 rpm. Esse quatro-cilindros em linha está acoplado à transmissão Eaton 6206 B de seis velocidades. Além disso, o sistema tem eixos da Dana com relação de 4,56:1.

Iveco Tector tem câmbio com overdrive

De acordo com a Iveco, isso garante melhores resultados em operações urbanas. Além disso, o caminhão Tector 11-190 pode rodar em rodovias com desenvoltura. Nesse sentido, colabora a quinta marcha batizada de direct drive, com relação de 1:1. Ou seja, o câmbio e o motor trabalham na mesma rotação. Assim, há maior eficiência e boa oferta de força.


Da mesma forma, a sexta marcha é Overdrive. Assim, em velocidade de cruzeiro o motor trabalha em rotação menor. Como resultado, isso reduz o consumo de combustível e o ruído na cabine. E colabora com o conforto. No mesmo sentido, o Tector 11-190 tem suspensão com molas parabólicas na  dianteira e na traseira. Esse sistema é adequado ao transporte de cargas sensíveis.

Por sua vez, a cabine tem suspensão com coxim, mola e amortecedor. De acordo com a fabricante, o chassi, do tipo escada, garante maior rigidez estrutural. Aliás, a distância entre os eixos pode ser de 3.900 mm ou 4.455 mm. Portanto, dependendo do tipo da carroceria, a capacidade de carga útil do Tector 11-190 pode ser de 7.325 kg a 7.400 kg.


Cabine é simples e espaçosa

Por causa do motor forte, de acordo com a Iveco há empresas de transporte instalando o terceiro eixo no veículo. Mesmo passando para 13 t, há o ganho adicional de quase 1,5 t de carga líquida.

Em relação ao desenho, a cabine tem linhas modernas, que melhoram a aerodinâmica. Isso melhora a passagem de ar e também contribui para reduzir o consumo de diesel. Conforme a Iveco, entre outras vantagens há maior dissipação da água em dias chuvosos. Também de acordo com a fabricante, trata-se da única cabine do segmento com basculamento hidráulico.

Assim, isso facilita a manutenção. No mesmo sentido, o acesso para conferir o nível de óleo e do  líquido do radiador fica na parte frontal. Na parte interna, há amplo espaço, uma vez que a distância do assento até o teto é de 1,14 m. Além disso, a alavanca de câmbio fica posicionada no painel. Com isso, há maior área livre na cabine.


Na estrada

Avaliamos o Iveco Tector 11-190 equipado com baú com capacidade para 5,5 t de carga líquida. Porém, a unidade carregava apenas 2 t de areia ensacada. Entramos na Rodovia Anchieta no sentido do litoral Sul paulista. Trafegando a 80 km/h em sexta marcha, o motor girava a 1.000 rpm. Ou seja, havia boa margem para aproveitar a curva de torque.

No início da descida da Serra do Mar, o instrutor técnico da Iveco, Otacir José Mendes, acionou o segundo estágio do freio-motor. O sistema funciona por meio de exaustão. O primeiro estágio, ativado de forma conjugado ao pedal do freio, deve ser utilizado em ambientes de trânsito intenso. Por exemplo, no anda e para das grandes cidades. Assim, reduz o desgaste do sistema de freios.


Seja como for, o ruído gerado pelo freio motor não chega a incomodar. Na medição do decibelímetro, o nível de barulho registrado foi de 75 decibéis. Nesse momento, o caminhão trafegava em quarta marcha. O velocímetro marcava 48 km/h e o conta-giros, 2.100 rpm. Na volta ao planalto paulista, o Iveco Tector 11-190 mostrou ter bom fôlego. Assim, em sexta marcha dá para manter 80 km/h sem esforço, com o motor girando a 1.800 rpm.

Veredicto

O Tector 11.190 chama a atenção pelo bom conjunto. Portanto, o caminhão é ágil e se mostra robusto para encarar o batente do dia a dia. Porém, embora  tenha ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, a cabine é simples. Inclusive na comparação com a do líder de vendas do segmento, Delivery 11-190. Aliás, o Iveco não conta com transmissão automatizada, que é opcional no modelo rival.


Ficha Técnica Tector 11-190

Preço sugerido R$ 265.375
Cabine Simples
Motor 4.5, 4 cil., turbodiesel
Potência 190 cv a 2.500 rpm
Torque  62,2 mkgf entre 1.250 e 2.100 rpm
Transmissão  Câmbio Eaton, 6 velocidades
PBT 10.600 kg
CMT 13.000 kg

 

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