A Iveco apresentou no Reino Unido uma versão inédita do S-Way 500 movido a biogás (biometano). O modelo tem tração 6x2 e foi desenvolvido para atender às demandas específicas do mercado britânico. O seu visual diferenciado é uma estratégia da marca na região para atrair transportadores.
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Aposta no biogás e redução de emissões
O projeto ganha relevância em um momento em que vários países europeus retomam a utilização de caminhões a gás. A principal razão está na política de incentivo ao biogás, combustível produzido a partir de resíduos orgânicos que reduz as emissões de gases de efeito estufa a praticamente zero. Além disso, a forma comprimida, torna o abastecimento mais simples e acessível do que o bio-GNL. Ou seja, o biogás na sua versão líquida, comumente mais comum em algumas regiões da Europa.
Potência de 500 cv e configuração exclusiva
A base do projeto foi o Iveco S-Way 500 a gás. Dessa forma, o modelo tem motor de 13 litros a vela de ignição, capaz de gerar 500 cavalos de potência e 224 mkgf de torque. Todavia, a grande novidade é a configuração 6x2 com eixo pusher (auxiliar) adicional. Essa adaptação permite alcançar um PBT de 44 toneladas, conforme exigência britânica.
Assim, para liberar espaço no chassi e instalar mais tanques, a Iveco optou por um eixo leve de 4,5 toneladas. E rodas de 17,5 polegadas.
Autonomia reduzida, mas proposta inovadora
Quando se fala em gás comprimido, o desafio está na autonomia. Um S-Way a gás liquefeito de dois eixos pode rodar até 1.700 km. Enquanto o equivalente a GNV chega a 800 km. Entretanto, com o novo eixo pusher e tanques mais curtos, a versão apresentada no Reino Unido, alcança 500 km de alcance. Na prática, isso a torna indicada para rotas regionais ou operações de distribuição que permitem reabastecimento frequente.
Cabine completa e experiência de longa distância Apesar do foco em aplicações mais curtas, a Iveco equipou o modelo com cabine leito, já atualizado com novo interior. Além disso, a marca reforça que diversos clientes europeus estão optando pelo biogás. O que confirma que a tendência para a tecnologia mais limpa frente ao gás convencional e mais acessível frente ao caminhão elétrico.
