A Iveco, finalmente, laçou um caminhão a gás no Brasil. Desde 2020, executivos da marca italiana dizem que essa seria uma boa alternativa para reduzir as emissões de poluentes. Recentemente, a empresa confirmou que traria um produto do tipo ao mercado brasileiro. Porém, o modelo vai ser alugado. Trata-se do Hi-Way NG 600S46T, cujas primeiras 17 unidades já foram entregues à Unidas. A locadora, que recentemente se uniu à Ouro Verde, já oferece furgões e caminhões de marcas como Volkswagen e Mercedes-Benz.
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Segundo a Iveco, a versão disponível tem tração 6x2. O motor é um Cursor 13, de 12,9 litros, que gera 460 cv de potência e 204 mkgf de torque. De acordo com a FPT, o seis-cilindros em linha foi desenvolvido para rodar com gás. Portanto, também pode queima biometano. Conforme a marca italiana, a transmissão é a ZF Traxon 12 TX 2621TD, automatizada de 12 velocidades.
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De acordo com a fabricante, o novo caminhão tem autonomia para rodar até 500 km. Além disso, a redução das emissões de CO2 e material particulado chega a 95%. Isso na comparação com a versão equivalente com motor a diesel. Da mesma forma, o modelo a gás é mais silencioso. Segundo o presidente da Iveco na América Latina, Marcio Querichelli, “o produto foi desenvolvido com foco nas peculiaridades do transporte no Brasil".
Iveco vai monitorar caminhões
Assim, o serviço de locação vai funcionar como um teste real de longa duração para a Iveco. Portanto, a empresa vai monitorar os caminhões locados pelas transportadoras. Como resultado, a marca italiana poderá avaliar o comportamento do novo produto em diferentes tipos de operação de transporte.
Segundo a Iveco, o Hi-Way NG 6X2 600S46T é o primeiro produto do chamado Brasil Natural Power. Ou seja, o programa da marca que visa a expansão da oferta de produtos com motores alternativos ao diesel no País. Lançada no mês passado, a iniciativa recebeu investimentos de R$ 60 milhões, conforme a marca.
“Apostamos no gás natural e biometano como a melhor alternativa, no curto prazo, para a redução das emissões em relação ao custo total de operação (TCO)", diz o diretor comercial da Iveco, Ricardo Barion. De acordo com ele, a tecnologia atende muito bem a realidade brasileira. "Sobretudo, no segmento rodoviário", afirma.
Embora o executivo não tenha revelado detalhes, deixou no ar a possibilidade da vinda de novas opções de veículos ao País. "Em um futuro próximo, a diversificação de propulsões alternativas também vai ser explorada pelo Brasil Natural Power”, afirma.